Good News: as Fake News acabaram

Good News: as Fake News acabaram

Infelizmente, o título desse artigo é mentira. Antes de tratar das malditas Fake News, que continuam sendo espalhadas por meio do whatsapp e das redes sociais, gostaria de compartilhar a origem de se considerar 1º de abril o dia da mentira.

De acordo com a revista Super Interessante, a brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos 9º (1560-1574). Desde o começo do século 16, o ano-novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril.

Em 1562, porém, o papa Gregório 13 (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão – o chamado calendário gregoriano – em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data.

Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior – apelidados de “bobos de abril” – presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.

Atualmente, dentre as piores coisas que existem em nossa sociedade, acredito que as Fake News sejam uma delas. Segundo o Brasil Escola, Fake News são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas).

O Brasil Escola afirma que o poder de persuasão das Fake News é maior em populações com menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já que o conteúdo está comumente ligado ao viés político.

O termo Fake News ganhou força mundialmente em 2016, com a corrida presidencial dos Estados Unidos, época em que conteúdos falsos sobre a candidata Hillary Clinton foram compartilhados de forma intensa pelos eleitores de Donald Trump.

Divulgar Fake News é um ato muito perigoso. Caso ache que estou querendo exagerar, acesse a matéria veiculada pelo Brasil Escola onde são apresentados alguns casos que levaram a consequências desastrosas, tais como: linchamento de inocentes; problemas de saúde pública; homofobia; xenofobia e legitimação da violência.

O combate às malditas Fake News é algo difícil, pois os mecanismos de produção e veiculação das informações falsas são muito eficientes e escondem a identidade dos criminosos. Portanto, caso seja uma pessoa que tem caráter e que não tenha intenção de compartilhar conteúdo duvidoso, basta acessar o site de agências de jornalismo especializado em identificar se um determinado conteúdo é Fake News ou não, tais como: Agência Lupa; Boatos.org e Aos Fatos.

Em uma ocasião, no programa Domingão do Faustão, assisti ao Padre Marcelo fazer uma comparação brilhante sobre o poder das Fake News. Disse que é como se uma pessoa subisse na torre de uma igreja, em um dia de forte ventania, e abrisse um travesseiro de penas. Posteriormente, caso a pessoa desça da torre com a fronha na mão e tente enchê-la novamente com as penas, com certeza, não conseguirá encontrar todas. Portanto, o travesseiro dificilmente será o mesmo. Para ilustrar essa comparação, basta lembrar que até hoje tem gente que acredita na existência do kit gay e na mamadeira de piroca.

É muito ruim saber que hoje, dia 1º de abril, não possamos comemorar o fim das Fake News e constatar que elas continuam sendo uma triste realidade. É importante refletirmos que tal dia só chegará quando pessoas com caráter e pessoas mal informadas deixarem de disseminá-las. Infelizmente, sempre existirão pessoas sem caráter que as criarão e as disseminarão, porém, torço que sejam uma minoria.

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