Inteligência Artificial: o futuro já chegou

Inteligência Artificial: o futuro já chegou

Muita gente acredita que a inteligência artificial (ou IA, na sigla em português) ainda está longe de fazer parte do nosso dia a dia, sendo presente apenas em atividades específicas na área de tecnologia. Esta concepção está errada. Um exemplo simples e muito corriqueiro pode te ajudar a entender um pouco melhor tudo isso: sabe quando você digita no seu celular uma palavra errada e o corretor, automaticamente, ajusta ou te dá sugestões mais próximas do seu vocabulário usual? Pois é, essa simples ação utiliza recursos de inteligência artificial e você nem percebeu.

Não é só nesse campo, porém, que a IA é presente: a realização de diversas atividades está sendo afetada, diretamente, por esse desenvolvimento. No campo médico, a IA tem sido utilizada para melhorar atendimentos, realizar diagnósticos mais precisos, promover a prevenção de doenças e possibilitar maior atenção aos pacientes. Na área de recursos humanos, a tecnologia está presente nas escolhas dos candidatos em entrevistas de emprego. Financeiramente falando, ela também proporciona melhores oportunidades para clientes considerados bons pagadores, que passam a contar com taxas de juros menores e mais facilidades na hora de conseguir um empréstimo.

A definição dessa nova forma de pensar é simples. “Inteligência artificial é a capacidade de dispositivos raciocinarem, decidirem e solucionarem problemas. E alguns já atuam de maneira autônoma, ou seja, sem a supervisão do ser humano. As máquinas inteligentes conseguem processar uma grande quantidade de dados, que uma pessoa não tem condições de fazer. Desta forma, estão assumindo atividades repetitivas e que não exigem empatia ou criatividade – qualidades humanas que um robô não consegue suprir”, define Wellington Alves, Head de Automação da Indigosoft, startup que oferece soluções de automação digital, principalmente no Brasil e América do Sul.

Apesar das facilidades e da otimização que a IA traz, muitas pessoas temem perder seus empregos com a chegada da tecnologia. “Esta sensação de insegurança é previsível e ocorreu em outros momentos históricos, como na primeira revolução industrial das máquinas à vapor ou, ainda, quando vimos a popularização dos computadores pessoais, da internet e dos sistemas digitais. E, embora alguns mercado tenham diminuído ou se tornado obsoletos mediante o impacto da tecnologia, em paralelo, outros surgiram, dando oportunidade para as pessoas desenvolverem novos conhecimentos e trabalharem em conjunto com o progresso social. A verdade é que, em se tratando do mercado de trabalho, a tecnologia nos força a sair da nossa zona de conforto, algo que, em última instância, é extremamente positivo, pois passamos a valorizar virtudes como a criatividade, originalidade e espírito empreendedor”, explica Bráulio Lalau de Carvalho, CEO da Orbitall, empresa que atua nas áreas de contact center e processamento de cartões.

O medo de perder o emprego não é o único fator negativo no mundo digital. Muitos ainda temem erros na geração de dados e desconfiam de informações levantadas por meio da IA, como no caso das transações financeiras. Marcelo Ciampolini, CEO da Lendico, que atua no mercado de empréstimo pessoal on line, alerta que os resultados são muito precisos. “Dificilmente as informações levantadas por meio de IA são erradas ou divergentes, uma vez que o modelo precisa ser bem definido para que os resultados sejam perceptíveis”, defende Ciampolini.

Essa desconfiança, contudo, tem seu lado positivo. Desacreditar sempre colabora para que os profissionais responsáveis pelas programações sejam mais exigentes e gerem tecnologias confiáveis e precisas. O que não dá para duvidar, porém, é que o futuro já chegou!

Por Katia Carmo.
Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 40 / nº 375
 

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