O exemplo deve vir de cima
Muitas organizações brasileiras, pressionadas pela necessidade de mudanças, passaram a adotar como alternativa, a partir de 1990, o modelo japonês de gestão, por meio da implantação de programas de qualidade total, cuja principal filosofia é a satisfação das necessidades dos clientes. Apesar de várias organizações terem adotado tais programas, nem todas conseguiram concluí-lo com êxito e, dessa forma, obtido resultados satisfatórios.
Não há como contestar que agradar clientes e oferecer produtos e serviços de alta qualidade seja uma filosofia empresarial consistente e imprescindível; portanto, o fato de algumas organizações não obterem resultados satisfatórios com a implantação de programas de qualidade total está ligado ao processo de implantação dessa filosofia.
Com base nessa afirmação, conclui-se que alguns fatores são imprescindíveis para que a implantação de um programa de gestão pela qualidade total tenha sustentabilidade. Dentre tais fatores, posso destacar:
• Envolvimento do alto escalão;
• Não buscar grandes resultados no curto prazo;
• Planejamento adequado;
• Treinamento consistente;
• Sistemas de recompensas;
• Escolha adequada dos multiplicadores.
Por meio de um artigo acadêmico*, pude observar que, dentre os fatores apresentados, um se destaca: o envolvimento do alto escalão. Diante de tal constatação, fica claro que nenhuma “ferramenta” de gestão empresarial levará uma organização a obter resultados satisfatórios caso os proprietários e principais executivos não se mostrem envolvidos e comprometidos com o processo de implantação. Nenhum funcionário levará a sério um processo de mudança caso perceba que o alto escalão não demonstra nenhum tipo de envolvimento e comprometimento, ou seja, “o exemplo deve vir de cima”.
*o artigo citado pode ser obtido por meio do endereço:
https://www.knd.com.br/academico_material.php?id=10