O Open Banking abrirá novos caminhos

O Open Banking abrirá novos caminhos

É inegável, segundo Leo Monte, um dos fundadores da GR1D, a transformação que o uso da tecnologia trouxe para todos os segmentos. Com o setor financeiro não podia ser diferente, basta pensar em como era um banco há 15 anos, comenta Monte. E os avanços dos serviços de Mobile Bank? Com esse novo consumidor surgiu a necessidade de criar serviços e alternativas de uso mais veloz e focados na experiência do usuário. É aí que entra o Open Banking – uma vantajosa estratégia de inovação para as empresas.

Open Banking é uma plataforma que permite a integração de aplicativos com serviços por meio da abertura de Application Programmimg Interface, ou interface de programação de aplicações, em português). As APIs, de acordo com Monte, são elementos-chave da transformação digital dos bancos, uma vez que permitem a desenvolvedores de outras empresas de tecnologia criar diversas aplicações e serviços, focados nas experiências e na forma como os clientes interagem com o banco. Elas permitem, portanto, que empresas e desenvolvedores conectem seus sistemas, compartilhem dados e realizem transações de forma automatizada e segura.

Ao liberar dados em uma camada de integração, o banco também pode se integrar a novas cadeias de serviços, viabilizando o trânsito de informações por meio de outras plataformas de serviço. Ou seja, o correntista pode acessar suas informações bancárias por aplicativos de outras empresas e não somente pelo banco.

No Brasil o Open Banking já é uma realidade. O Banco Original foi o pioneiro em 2016 e na sequência o Banco do Brasil, em junho de 2017. O BB fez parcerias para criação de serviços integrados ao sistema da instituição – um projeto com a startup de comparação de empréstimos consignados Bxblue, ContaAzul (plataforma de gestão em nuvem para pequenas empresas), Dotz (programa de fidelidade), BrasilCap (empresa de capitalização), Ciclic (fintech de planos de previdência privada controlada pelo Banco do Brasil) e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

O Banco Central comunicou que vai definir o modelo de Open Banking em 2019. A questão, de acordo com Monte, é saber se o BC vai seguir um modelo mais restritivo – que irá categorizar as plataformas que poderão requisitar os dados, a linguagem de programação da API e outros detalhes, algo parecido com o que ocorre na Inglaterra – ou seguir um modelo semelhante ao da União Europeia, pelo qual os bancos são obrigados a disponibilizar a API, mas sem uma padronização tão restritiva. 

Fonte: https://hbrbr.uol.com.br/open-banking/ 
 

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