O poder do Twitter na construção de marcas

O poder do Twitter na construção de marcas

Como professores universitários*, o que primeiro nos interessou ao estudar como os jovens adultos se relacionam com o Twitter foi uma razão bem simples: nós temos uma dificuldade imensa em separar alunos de graduação de seus smartphones em sala de aula. O interesse que poderíamos provocar nos estudantes por meio de nossas palestras e matérias é pequeno em comparação com a resposta instantânea produzida por um alerta no smartphone de um estudante.

Discussões em classe sobre a gestão de produto e marca foram também afetadas, fortemente, com termos de mídia social, portanto, não poderíamos mais ignorar sua existência. O Twitter, em particular, emergiu como uma mídia fundamental para transmitir e vivenciar experiências de consumo. Há pouco material na literatura acadêmica, tão rica com teorias e casos descritivos, para explicar o poder do Twitter na construção de marcas.

Por isso, pedimos aos nossos alunos, por meio de três grupos focais, compostos por universitários, com idades entre 20 e 24 anos e usuários frequentes do Twitter, para descrever: como e por que interagiram com algumas marcas que seguiam. O que disseram sugere-nos que, por meio do Twitter, esses membros da geração do milênio estavam desenvolvendo novas maneiras de interagir com as marcas. As marcas que eles tinham desenvolvido fortes ligações, seguindo o Twitter, foram aquelas que, de fato, engajavam-se em uma conversa inteligente com seus seguidores – em interações de 140 caracteres ou menos.

A geração milênio de adultos jovens é inseparável de seus smartphones e imersa em mídia social; a sua experiência de consumo é uma mistura complexa de usar a marca e postar sobre ela em mídias sociais. Muitas marcas estabelecidas, fortemente amarradas a formas tradicionais de comunicação, correm o risco de perder sua ligação com esta geração. No entanto, nós suspeitamos que uma transformação fundamental está ocorrendo na forma como a geração do milênio se conecta e consome algumas marcas. O forte elo entre tal geração e seus smartphones, tablets e laptops sugere que a “personificação da marca” contará mais, e não menos, na sua experiência de consumo. As formas tradicionais de construção de marcas passaram do seu prazo de validade, ao passo que a mídia social abre novas possibilidades.

*Hemant C. Sashittal, Monica Hodis e Rajedran Sriramachandramurthy

Fonte: Revista Administrador Profissional – ano 38 – nº 347

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