Orçamento: ferramenta de planejamento e controle das finanças pessoais

Orçamento: ferramenta de planejamento e controle das finanças pessoais

Assim como as empresas, as pessoas também devem fazer seu planejamento e controle financeiro. Do contrário, os gastos poderão se tornar maiores que sua renda, passando a ser financiados por meio do endividamento com instituições financeiras. No médio prazo, um endividamento alto pode fazer com que as pessoas se tornem inadimplentes, ocasionando, dentre outros transtornos, a inclusão dos seus nomes nos cadastros de instituições de proteção ao crédito, como, por exemplo, o Serasa e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Portanto, para que sejam mais eficazes, ou seja, consigam atingir seus objetivos financeiros, as pessoas devem cuidar de suas finanças com o devido profissionalismo, como se fossem uma empresa. Não é por acaso que uma conhecida Revista, publicada pela Editora Abril, que trata de temas ligados à gestão da vida pessoal e profissional, tem o nome sugestivo de “Você S/A”.

Foi esta constatação que me levou a escrever “Orçamento Familiar: felicidade e dinheiro podem ser da mesma família”. Dentre os conceitos abordados na obra, gostaria de ressaltar aqueles que considero mais importantes:

1º) Em cada fase da vida, possuímos características e necessidades diferentes, que vão se alterando à medida que vamos ficando mais velhos. Do ponto de vista financeiro, também há uma evolução, portanto, se quisermos que o dinheiro evolua junto, precisamos compreender nossas características financeiras ao longo da vida;

2º) Para que o orçamento melhore efetivamente a gestão das finanças pessoais, todos os princípios utilizados pelas empresas também devem ser levados em conta pelas pessoas físicas;

3º) Apesar de muitas pessoas encararem o orçamento como uma forma de restrição e de reparação, ele poderá gerar diversos benefícios substanciais à saúde financeira pessoal, tais como: alinhar prioridades, construir novos hábitos, reduzir o estresse, criar superávit de recursos e revelar falhas;

4º) Alguns desafios devem ser enfrentados para que o orçamento possa gerar benefícios efetivos: conseguir ter disciplina, acreditar que o tempo dispendido para elaborar o processo não será em vão e, caso necessário, mudar a relação com a família e amigos;

5º) É imprescindível que nos preparemos financeiramente para o momento da aposentadoria, ou seja, precisamos poupar no presente para garantir um futuro melhor. Para que tal objetivo possa ser concretizado, além de não gastarmos mais do que ganhamos, devemos reservar parte da nossa receita para investir. Não se pode afirmar que há um investimento melhor que outro, pois cada um deles possui características diferentes em relação à rentabilidade, risco e liquidez;

6º) Como os investimentos somente serão possíveis se conseguirmos obter um superávit financeiro (receitas maiores que as despesas), torna-se necessário adotar estratégias visando aumentar as receitas e diminuir as despesas;

7º) Na relação com os Bancos, devemos ficar atentos às operações casadas, que são proibidas. Normalmente, isso ocorre quando estamos necessitando muito de um produto e o gerente aproveita para empurrar outro. A solução para esse problema é não nos tornarmos reféns de um Banco devido à uma necessidade extrema. Na maioria das vezes, tal situação advém da necessidade de empréstimos que foi originada pela má gestão do orçamento;

8º) Uma característica do orçamento empresarial, que também deve ser levada em conta no orçamento pessoal, é sua utilização como um instrumento de controle. Para que essa estratégia seja efetivamente colocada em prática, é imprescindível que seja elaborado um relatório gerencial, ou seja, algum tipo de planilha onde possa ser observado se o que foi orçado efetivamente ocorreu;

9º) Caso saibamos utilizar, da forma correta, as ferramentas de consumo oferecidas pelos Bancos, podemos considerá-las ótimos meios para contornar déficits momentâneos nas finanças pessoais e também para adquirir bens que trazem mais conforto e segurança.

A apresentação da obra foi elaborada pelo professor Eduardo Matarazzo Suplicy, de quem, desde a adolescência, sempre fui um grande admirador. Convidei-o para tal tarefa visto que, dentre as diversas causas que sempre defendeu, os programas de geração de renda estão entre as principais. Utilizei um argumento simples para convencê-lo: “Não adianta somente as pessoas terem uma renda, é preciso que saibam como utilizá-la da melhor maneira possível”.

Caso queira conhecer mais detalhes sobre “Orçamento Familiar: felicidade e dinheiro podem ser da mesma família”, acesse o link:

https://editoradoseditores.com.br/loja-virtual/produto/orcamento-familiar-felicidade-e-dinheiro-podem-ser-da-mesma-familia/ 

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