As pessoas como vantagem competitiva

As pessoas como vantagem competitiva

Priorizar pessoas é um dos principais vetores de desenvolvimento e sustentabilidade das organizações. Colocar a pessoa certa no lugar certo pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma gestão dentro das organizações. Um indivíduo comprometido e que acredite no propósito de seu trabalho e, mais ainda, no propósito da corporação à qual está inserido, é uma questão fundamental para a boa administração. É a vantagem competitiva por meio das pessoas, segundo David Ulrich, considerado uma das maiores autoridades do mundo em gestão de Recursos Humanos.

De acordo com Ulrich, os funcionários precisam estar afinados com a cultura da organização. Entender o que aquela empresa representa para seu cliente final, que é, de fato, quem define o valor daquilo que é criado por qualquer empresa. A estratégia é importante, mas não adianta se não alcançar o local aonde se quer chegar, Isso só é possível por meio da identificação e retenção das pessoas certas. “O coração da organização são as pessoas talentosas. Depois vem a equipe, trabalhando em grupo. Nós podemos ter talento, mas só vamos ganhar quando trabalharmos como um time dentro da cultura da empresa. A cultura é mais importante que a estratégia”, explica.

A chave para esse entendimento dos funcionários, segundo o especialista, é o gestor de Recursos Humanos. “Bons profissionais de RH têm que estar próximos o suficiente dos negócios para fazer os empregados entenderem a cultura da empresa”, fala. Com isso, ele quer dizer que a relação entre RH e alta direção precisa ser afunilada. O líder precisa entender como é percebido pelos seus comandados e vice-versa. Esse constante vínculo retém bons funcionários, que se sentem guiados.

“Ao invés de dizer aos empregados o que fazer, deixe que eles digam a você. Deixe que sintam a cultura e a estratégia da companhia. Isso só é possível por meio da troca de experiências”, afirma Ulrich. Por fim, o professor conta que uma boa gestão é aquela capaz de realizar mudanças em sua cultura, se necessário. Tornar a identidade da empresa em algo real para os funcionários, para os clientes e para os stakeholders. Segundo ele, a criação de valor está diretamente ligada à liderança. “Uma maior clareza sobre como a liderança afeta os resultados da empresa determina quanto tempo dedicamos a ela”, opina.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 37 / nº 339

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