A praga dos boatos

A praga dos boatos

Dentre as piores coisas que existem no mundo, acredito que os boatos são uma das piores. É difícil descobrirmos como nascem, mas é fácil perceber como têm uma capacidade gigantesca de proliferar rapidamente. Os boatos existem em todas as esferas de nossa sociedade e os que mais sofrem com eles são as pessoas e as empresas que estão em evidência. Sofrem porque normalmente têm um conteúdo negativo e espalham notícias ruins, muitas vezes mentirosas e sem um embasamento consistente.

Em uma ocasião, o Padre Marcelo fez uma comparação brilhante do poder dos boatos. Disse que é como se uma pessoa subisse na torre de uma igreja, em um dia de forte ventania, e abrisse um travesseiro de penas. Posteriormente, caso a pessoa desça da torre com a fronha na mão e tente enchê-la novamente com as penas, com certeza, não conseguirá encontrar todas. Portanto, o travesseiro dificilmente será o mesmo.

Infelizmente, a grande maioria das pessoas tem um prazer imenso em espalhar boatos e falar mal da vida dos outros. Sugiro a vocês uma reflexão: quando uma pessoa falar algo de ruim de outra, pergunte a ela se há provas concretas de que o fato seja realmente verdade. Caso a pessoa diga que não tem certeza, mas é o que todo mundo está comentando, controle seu espírito fofoqueiro e ajude a matar o boato.

Nas empresas, os boatos são repassados por meio da chamada “rádio peão”, ou seja, o “boca a boca” entre os funcionários nos corredores. Para combater tal praga, os empresários devem implantar um processo de comunicação formalizado (e-mail’s, quadro de avisos etc). Dessa forma, o “preto no branco” acabará com qualquer boato que surja.

Graças à praga dos boatos, existem pessoas que ainda acreditam que manga com leite faz mal, que gatos pretos dão azar ou que o Corinthians nunca será campeão da Libertadores da América. Não seja medíocre, seja ético, pois se lembre que um dia você também pode ser vítima desta maldita praga.
 

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