À procura da felicidade

À procura da felicidade

A infelicidade no ambiente de trabalho é tema de recorrentes debates no mundo corporativo e muitas são as soluções que se mostram possíveis para enfrentar esse desafio. Má remuneração, ausência de reconhecimento, falta de tempo, conflitos de relacionamento entre colegas e liderança, metas exageradas e distantes da realidade são alguns dos fatores que podem desencadear a tão falada infelicidade.

Para diminuir a falta de motivação e felicidade dentro das empresas, muitas organizações geram, como recompensa, a fórmula metas mais bônus, na qual os colaboradores se sentem “engajados” pelo trabalho na busca pelo dinheiro. Essa foi uma das teorias apresentadas pelo jornalista Alexandre Teixeira em seu livro, intitulado Felicidade S/A.

Teixeira chama a atenção para alguns pontos importantes dentro da rotina de compensação: “É quase impossível gerenciar uma empresa sem estruturação de metas, porém, quando há um exagero, surgem efeitos colaterais. Os profissionais se sentem desmotivados a alcançar uma meta estabelecida de forma pouco democrática”.

O autor também destaca que determinadas ações gerenciais podem criar o “presenteísmo”, ou seja, o colaborador está apenas fisicamente na empresa, mas, durante o dia, não agrega valor algum às suas atividades. Tal desmotivação acontece, também, porque nem sempre o dinheiro é a principal chave da felicidade.

A afirmação pode ser comprovada pela lista das empresas mais cobiçadas do mundo para se trabalhar. Segundo recente pesquisa realizada pelo Linkedin, por meio da interação com mais de 175 milhões de perfis da rede, Google, Apple e Microsoft lideram o ranking das mais almejadas pelos profissionais. Todas são conhecidas por seu estilo menos burocrático de trabalhar, com maior flexibilidade e interação entre os funcionários.

Um ponto preocupante ressaltado por Teixeira, é o fato do Brasil, dentre os países emergentes, deter os profissionais com maior dificuldade em conciliar a vida pessoal e profissional, o que afeta, diretamente, o grau da sua felicidade no ambiente de trabalho.

Fonte: Revista Administrador Profissional – ano 35 – nº 317

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