Produtividade versus utilização das redes sociais

Produtividade versus utilização das redes sociais

Atualmente, as redes sociais têm sido utilizadas por funcionários de diversas empresas como um canal para estreitar as relações com os clientes e divulgar seus produtos e serviços. Porém, existem certos “efeitos colaterais” indesejáveis que podem minar a produtividade.

“O uso dessas ferramentas vai depender da relação que você tem com elas”, afirma Cláudio Coelho, diretor executivo da empresa Skaleba. Para ele, os chats disponíveis na rede interligam o time, mas trazem também um sério revés: “as equipes perdem mais tempo que o normal com anúncios, comentários dos outros amigos e atualizações de páginas não relacionadas ao trabalho”.

Sites de fofocas ou inocentes games como Angry Birds, Candy Crusch ou Farmville podem custar horas de trabalho. Apesar disso, a melhor saída não é impedir seus acessos ou bloquear páginas. “Os jovens de hoje nasceram conectados. Faz parte do DNA desta geração. Restrições de acesso podem acabar prejudicando a motivação deles”, opina Coelho.

“As redes sociais fazem parte do cotidiano dos jovens. A maioria acessa diariamente pelo smartphone ou pelo computador. O que tem de ser ponderado é a quantidade de horas que esses profissionais passam conectados às redes durante o horário de trabalho. Muitos perdem a concentração, o foco e acabam deixando de realizar ou atrasando a entrega de projetos importantes. O jovem precisa ficar atento ao uso das redes para que isso não seja um entrave no desenvolvimento de sua carreira”, sugere Manoela Costa, gerente da Page Talent.

Apesar dos problemas que uma empresa poderá enfrentar com a queda de produtividade, permitir que os funcionários se mantenham conectados e atualizados em tempo real ainda é mais lucrativo do que simplesmente impedir “curtidas” e “tuites”. Um estudo elaborado pela McKinsey & Company com mais de quatro mil executivos de todo o mundo mostrou que as empresas que incorporaram as redes sociais ao dia-a-dia conseguem novas oportunidades e aumentam sua participação de mercado.

Os efeitos na produtividade são apenas o reflexo de outra questão importante na condução das tarefas, a gestão do tempo. E, como em toda gestão, vale o planejamento das ações. “Quantidade de redes não é qualidade. Para que participar de redes sociais que não são relevantes? O ideal é focar nas principais, na qual seus amigos e interesses estão localizados”, sugere Christian Barbosa, consultor de gestão do tempo.

Para ele, a interação on line com os amigos e demais contatos não precisa ser, necessariamente, imediata e frenética. “Não se sinta obrigado a responder uma mensagem na mesma hora que recebe. Se fosse urgente de verdade, a pessoa encontraria outra forma de entrar em contato. Se você cria esse péssimo hábito de responder assim que uma mensagem chega, acabará perdendo muito tempo desnecessariamente”.

Fonte: Revista Administrador Profissional – n°325.
 

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