Propaganda em momentos de crise: investir ou abandonar?

Propaganda em momentos de crise: investir ou abandonar?

Se depois da tempestade vem a bonança, por consequência, depois da bonança vem a tempestade. Desde a crise financeira de 2008, que se iniciou nos Estados Unidos e espalhou-se pelo mundo, o Brasil, excluindo-se alguns problemas pontuais, vive um momento de “bonança financeira”. Espero que não me considere “pé frio”, mas, como vivemos em mundo globalizado, as empresas devem sempre estar atentas a crises financeiras que poderão surgir.

Logicamente, em momentos de crise, a grande dica é cortar gastos fixos, pois os gastos variáveis diminuirão automaticamente caso as vendas caiam, como, por exemplo, os gastos com compra de matéria-prima. Os gastos fixos são aqueles que não se alteram, independentemente de quanto a empresa venda em um determinado mês. Infelizmente, alguns empresários não usam a cabeça ao cortar gastos fixos e iniciam tal processo demitindo funcionários e cortando gastos com propaganda.

Na verdade, tais gastos deveriam ser os últimos a serem reduzidos, pois, ao reduzi-los, os empresários podem estar dando “um tiro no próprio pé”. Para ilustrar minha afirmação, gostaria que lesse uma pequena estória, publicada originalmente em 1958, nos Estados Unidos. Ela mostra a importância de se investir em propaganda, mesmo em momentos de crise.

“Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista, não podia ler jornais, mas, em compensação, vendia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava: – Olha o cachorro-quente especial! E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, construiu uma boa lanchonete e contratou vários funcionários. Então, mandou buscar o filho, que estudava na Universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu. O filho veio e disse: – Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido os jornais? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso, o pai pensou: – Meu filho estudou na Universidade! Ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo! E então demitiu vários funcionários, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali, apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido: – Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!”

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