Propaganda: um ótimo remédio em momentos de crise

Propaganda: um ótimo remédio em momentos de crise

Em momentos de crise, uma das principais estratégias financeiras a serem adotadas por uma organização é o corte de gastos fixos, pois os gastos variáveis diminuirão, consequentemente, caso as vendas caiam. Imagine uma organização que atue vendendo cachorros quentes. Em um momento de crise, os gastos com a compra de salsichas diminuirão, automaticamente, caso as vendas caiam.

Por outro lado, os gastos fixos são aqueles que não se alteram, independentemente de quanto a organização venda em um determinado mês. Um exemplo clássico de gasto fixo é o aluguel. Qualquer que seja a quantidade de cachorros quentes produzidos e vendidos, o valor do aluguel não será alterado. Portanto, caso as vendas diminuam, o montante desembolsado para pagar o aluguel representará um percentual maior em relação ao faturamento da empresa.

Em momentos de crise, infelizmente, vários empresários não definem um critério adequado para a redução dos gastos fixos das organizações que administram e, normalmente, iniciam tal processo demitindo funcionários e cortando gastos com propaganda. Na verdade, tais gastos deveriam ser os últimos a serem reduzidos, pois, ao reduzi-los, os empresários podem estar dando “um tiro no próprio pé”. Em relação ao corte de funcionários, deve ser levado em conta os gastos futuros, quando a crise passar, para o recrutamento, seleção e treinamento de novos funcionários. É difícil saber o tempo de duração de uma crise financeira, porém, existe uma certeza, ela passará. É importante lembrar que, depois da tempestade, sempre vem a bonança.

Para ilustrar minha afirmação em relação a importância de se pensar muito antes de se reduzir outro gasto muito importante, o gasto com propaganda, gostaria que refletisse sobre uma estória fictícia, publicada em 1958, nos Estados Unidos. Ela mostra a importância de se investir em propaganda, mesmo em momentos de crise.

“Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista, não podia ler jornais, mas, em compensação, vendia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava: – Olha o cachorro-quente especial! E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, construiu uma boa lanchonete e contratou vários funcionários. Então, mandou buscar o filho, que estudava na Universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu. O filho veio e disse: – Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido os jornais? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso, o pai pensou: – Meu filho estudou na Universidade! Ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo! E então demitiu vários funcionários, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali, apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido: – Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!”

 

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