Seguro veicular: dicas para não cair em roubadas

Seguro veicular: dicas para não cair em roubadas

Em minha opinião, o seguro é algo que deve sempre ser incluído no orçamento na hora de comprar um veículo. Particularmente, prefiro andar com um carro mais barato, com seguro, do que com um carro mais caro, sem seguro. Apesar de muita gente dizer que gastar com seguro é jogar dinheiro no lixo, penso que o gasto com seguro, ao nos deixar mais tranquilos, é um investimento em saúde mental.

Antes mesmo de comprar um carro, sugiro que faça uma simulação do valor do seguro em sites especializados. Basta inserir dados básicos do seu perfil e do veículo para ter uma noção dos valores das apólices. Isso é bom para evitar surpresas com contratos caros depois de o automóvel já ter sido adquirido.

Atualmente, não só existem diversos tipos de cobertura, como o preço varia muito conforme o perfil do cliente e os serviços oferecidos pela companhia. Portanto, segundo Fernando Miragaya, em matéria para o UOL, é importante estar ligado em todos os aspectos do seguro veicular. Dentre tais aspectos, Miragaya ressalta:

Coberturas

As companhias costumam ter planos diferentes, mas no geral os seguros veiculares são basicamente de dois tipos: parcial ou total. O primeiro geralmente contempla roubo, furto e incêndio, enquanto o integral cobre também acidentes.

Miragaya afirma que não é porque o carro tem uma cobertura total que você está 100% garantido. Isso porque muitas cláusulas preveem que se o condutor se expuser ao risco, pode ficar sem o seguro do carro. É importante ler bem o contrato, porque se o motorista encarar uma enchente por conta própria e a seguradora comprovar, perde o direito ao seguro. 

Terceiros 

"A cobertura de danos a terceiros diz respeito aos prejuízos materiais, além de corporais, recorrentes de acidentes que envolvem terceiros. E para resguardar os passageiros e o motorista do veículo, o seguro veicular também deve cobrir danos corporais em razão de acidentes", ressalta Jaime Soares, diretor de Automóvel Porto Seguro e Itaú Seguros. Quanto mais ampla for a cobertura, maior é a tendência de o valor do seguro do carro aumentar. Mas também de nada adianta economizar e ficar descoberto.

Franquia

Trata-se de um termo muito utilizado no mercado securitário e consiste na participação obrigatória do segurado para que o veículo seja reparado nos eventos de sinistros de perda parcial que tenham cobertura na apólice, como uma batida leve, por exemplo. O mercado securitário para veículos costuma trabalhar com três modos principais de franquias: reduzida, normal e majorada. Nestes casos, o cliente deve primeiro avaliar o quanto está disposto a pagar pelo reparo em caso de sinistro por colisão.

Aí é o momento de avaliar. Na reduzida, o preço da apólice costuma ficar mais caro, mas você terá de desembolsar menos na hora do conserto. Na outra ponta, a majorada reduz significativamente o custo final do seguro, porém o usuário terá que coçar mais a carteira para fazer o conserto, independentemente da intensidade da colisão, comenta Miragaya.

Atenção aos supérfluos

Franquias e coberturas são imprescindíveis, mas aqueles serviços extras talvez não sejam tão necessários. E eles podem pesar bastante na hora de contratar o seguro para o carro. Então, passe um pente fino para saber o que realmente é necessário, e o que é dispensável.

Por exemplo, carro extra é uma boa se o motorista é um profissional liberal e depende do veículo para trabalhar diariamente. Aí, o dono do automóvel pode optar pelo veículo reserva em caso de sinistros por de 10 até 30 dias, geralmente.

Por outro lado, afirma Miragaya, se o dono usa muito pouco o automóvel, ou se desloca por trajetos curtos e tem fácil acesso ao transporte público, vale ponderar se o carro reserva é tão imprescindível. Isso fará o cliente economizar mais e investir essa grana, de repente, em outros serviços.

Qual valor segurar o carro?

A Tabela Fipe, geralmente, é a base para o pagamento dos seguros em caso de sinistro (perda total ou roubo e furto sem recuperação). Mas na hora de assinar o contrato o dono do veículo pode optar por um valor de referência.

Em caso da opção ser pela Tabela Fipe, Miragaya sugere que seja observada a desvalorização do veículo ao longo de dois anos. Se for abaixo de 20%, você pode optar por 90% ou 95% da Tabela Fipe, o que pode significar uma apólice mais barata. Agora, se o modelo do seu automóvel tem alta perda ou é equipado com acessórios, é o caso de pensar em um prêmio acima da Fipe.

"Por outro lado, se o cliente não consegue arcar com o valor do seguro 100% da Tabela Fipe, ele pode contratar por um valor de referência menor, consciente de que receberá menos no caso de indenização", explica Manes Erlichman, sócio-diretor da Minuto Seguros.

Corretor e pesquisa

Outra dica importante antes de fechar um seguro veicular é falar com um corretor especializado, pois ele é o profissional mais indicado para orientar o dono do veículo de acordo com o perfil dele e para tirar todas as dúvidas do segurado. Ao mesmo tempo, o corretor também costuma estar por dentro de promoções e descontos das companhias. 
 

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