Seja proativo, não um “chato-ativo”

Seja proativo, não um “chato-ativo”

Especialistas na área de RH afirmam que ser proativo é pré-requisito essencial para conquistar uma carreira de sucesso nos dias de hoje, seja qual for a área escolhida. Segundo o dicionário “Houaiss”, proativo é: “algo ou alguém que antecipa futuros problemas, necessidades ou mudanças, que seja capaz de mudar eventos em vez de reagir a eles, fazendo com que as coisas aconteçam; é ser ágil e competente”.

Algumas pessoas, porém, na ânsia de mostrar serviço e provar que são competentes, acabam adotando posturas que provocam situações incômodas na equipe e na organização. Dentre tais atitudes, podemos citar: intrometer-se nas funções alheias, querer avidamente se destacar em uma reunião, comandar um projeto sem ser solicitado e assumir alguma tarefa do superior.

Até certo ponto, ser proativo pode ajudar na profissão, pois mostra um lado empreendedor, vontade de crescer e até oferece resultados à corporação. No entanto, a proatividade em exagero costuma gerar antipatia entre os colegas, que não conseguem se sobressair ou, na pior das hipóteses, sentem-se pisados. Neste caso, o proativo passa a ser considerado um “chato-ativo”. Este tipo de pessoa, segundo o site UOL, passa a ser rotulada como “fominha”.

Como não há carreira que sobreviva sem que a pessoa saiba conduzir seus relacionamentos interpessoais, esse comportamento precisa ser atenuado. Além disso, há uma linha tênue que separa a proatividade exacerbada da ganância, da falta de profissionalismo e, muitas vezes, até da falta de ética.
Quando o “fominha” passa a invadir demais o espaço alheio, é essencial fazê-lo enxergar que a maneira como ele age não é de todo incorreta, mas não beneficia o grupo. "Ele deve saber que você tem consciência de tudo e que está ali para se defender", afirma a psicóloga Triana Portal. Os gestores da organização precisam ficar atentos para não reforçar ainda mais a sede de sucesso de um funcionário, tomando o cuidado de não estimular excessivamente a competitividade.

Cabe ao chefe direto definir e impor limites claros para caracterizar a hierarquia dentro da organização, salientando o que é permitido e o que não é permitido. "A hierarquia que envolve responsabilidades e funções deve ser respeitada e seguida, garantindo sempre o bom relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho", diz a psicóloga Fernanda Marques, diretora da Clínica Ability – Intervenção Comportamental.

"Entender o trabalho de quem está abaixo e acima de você é extremamente importante para poder ter atitude sem parecer ‘fominha’. O modelo proativo ideal junta tudo isso a uma excelente capacidade de ter bons relacionamentos interpessoais dentro da organização", diz Maurício Almeida, da Umesp.

Fonte: https://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/06/17/para-mostrar-servico-fominhas-atropelam-colegas-saiba-como-lidar.htm  

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