Tente pensar "fora da caixa"

Tente pensar "fora da caixa"

A expressão “pensar fora da caixa”, que é relativamente antiga, acabou se tornando moda no mundo corporativo. A origem do termo é controversa, mas tudo leva a crer que foi utilizada pela primeira vez em 1969, pelo consultor americano John Adair, com a conotação de “pensar livre das amarras convencionais”. Muita gente tem repetido esse conceito em palestras, cursos e encontros de negócio. Mas qual é o seu sentido? É realmente importante sair da “caixa” para pensar melhor?

Segundo Mario Persona, autor de livros sobre marketing e inovação, “não basta ficar fora, é preciso também ficar de costas para a caixa em que você está inserido para enxergar o horizonte e as possibilidades. Somente dessa forma será possível detectar oportunidades que teriam ficado ocultas ou turvadas à visão de quem está preso aos paradigmas de sua situação”.

Por outro lado, Persona adverte que os gestores, mesmo fora, não devem se afastar tanto de suas caixas. É importante pensar fora da caixa, mas nem sempre é prudente afastar-se muito dela para não perdê-la de vista. De acordo com um antigo ditado militar (quando as pontes eram de madeira), “as pontes não devem ser queimadas, pois poderemos precisar voltar por elas ao bater em retirada”.

Ser criativo e obter resultados são conceitos associados ao “timing”, ou seja, aproveitar o momento certo para apresentar, defender ou implantar uma nova ideia em seu ambiente de trabalho. “O arrojo é sempre importante para que a criatividade seja transformada em inovação, porque este é o segundo passo do processo criativo. Primeiro é preciso ter a ideia, e isto envolve criatividade, mas depois é preciso colocá-la em prática, o que se traduz em inovação. Por isso, cada um deve ter bem claro em sua mente o tamanho de sua perna para saber aonde é capaz de chegar com o seu salto – sem cair sentado ou acabar no buraco”, brinca Persona.

Para Jéssica Fleckner Robles, criadora do site Jovem Gerente, pensar fora da caixa resume a essência de toda boa ideia ou bom negócio. Pensar e fazer diferente é o que realmente importa em um mercado cada vez mais acirrado. Jéssica comenta que as pessoas mais criativas em seus ambientes de trabalho são aquelas que podem imaginar sem medo e sem repressão. “Um dos principais vilões da criatividade é a rejeição. Por isso, ensinar alguém a ser criativo é basicamente libertá-lo da vergonha de suas ideias e estimular seus sentidos”.

Seguem algumas dicas para se pensar “fora da caixa”:

  • Tenha sempre um bloco de anotações por perto, pois nunca se sabe quando uma boa ideia pode aparecer;
  • Ouça pessoas de outras áreas e de outras culturas;
  • Exercite a capacidade de enxergar por meio do ponto de vista de outras pessoas;
  • Livre-se de preconceitos;
  • Leias livros, jornais e sites de informações. Vá ao cinema, exposições e peças teatrais.

    Fonte: Revista Administrador Profissional – n°325

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