Uma análise dos funcionários “puxa-sacos”

Uma análise dos funcionários “puxa-sacos”

Figura folclórica no ambiente de trabalho, o puxa-saco é o sujeito que chega todos os dias antes do chefe – e sempre vai embora depois dele, concorda com tudo o que o seu superior diz e, pior, está em todo lugar. "O bajulador é uma figura muito malvista, mas ainda muito presente nas organizações", afirma o professor Adolfo Plínio Pereira, especialista em gestão avançada de pessoas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e autor do livro "Liderança Humana e de Resultados", publicado  pela editora Scortecci.

Contudo, em um mercado em que o trabalho em equipe ganha cada vez mais relevância, a tendência é que os puxa-sacos – individualistas por excelência – encontrem cada vez menos terreno para ascender. "Todo chefe que dá força para puxa-sacos é um líder incompetente", declara o professor.

Segundo Pereira, o líder que valoriza o bajulador ou ainda não percebeu que está sendo usado como trampolim profissional ou sofre de carência afetiva. De um jeito ou de outro, não contribui para o crescimento da empresa. "Os líderes devem ouvir a todos e dar oportunidade para os funcionários se desenvolverem. Assim, a organização se torna uma terra fértil para o desenvolvimento do seu capital humano e árida para o crescimento dessa 'planta daninha', que são os puxa-sacos", diz.

Segundo Mariana Scharwz, gerente da empresa de recrutamento Hays, especializada em pessoal qualificado, nas empresas que têm uma gestão de pessoal profissionalizada, a bajulação nunca será um caminho para conquistas.

"O critério para a promoção e valorização deve ser a meritocracia, ou seja, o reconhecimento de acordo com a performance e os resultados subsequentes. Quando uma empresa premia de alguma maneira um profissional por causa da atitude de bajulação, corre o risco de desmotivar outros profissionais que sejam tão competentes ou mais do que o colega", comenta Scharwz.

O bajulador pode ser até um bom funcionário. O problema é que emprega seus talentos de maneira errada. "Creio que o pior no comportamento do puxa-saco é que ele se concentra, quase que única e exclusivamente, no atendimento dos desejos, anseios e necessidades do seu chefe, e não naquilo que a equipe e a organização esperam de um bom profissional", diz o professor Adolfo Pereira.
Além de prejudicar o clima organizacional, gerando desmotivação e intrigas, o puxa-saco pode acabar induzindo os bons profissionais, verdadeiramente interessados nos resultados da organização como um todo, a procurarem outro emprego.

Fonte: https://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2014/09/24/profissional-puxa-saco-pode-prejudicar-ate-o-chefe-que-bajula.htm 

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