You Tube: o mestre do big data

You Tube: o mestre do big data

Big data é o termo utilizado para descrever grandes volumes de dados e que ganha cada vez mais relevância à medida que a sociedade se depara com um aumento sem precedentes no número de informações geradas a cada dia. As dificuldades em armazenar, analisar e utilizar grandes conjuntos de dados têm sido um grande gargalo para as companhias.

Poucas empresas conseguem lidar com esse acúmulo de informações e cruzamento de dados com tanto sucesso quanto o You Tube. Mestres em oferecer ao usuário o que ele procura de maneira rápida e eficiente, o gigante da internet praticamente roubou a audiência da televisão, embora seu fundador, Chad Hurley, ainda ache que não chegou a esse estágio.

“O You Tube e a TV se complementam. No cinema, só filmes de sucesso, de super-heróis, recebem financiamento. Isto levou o talento do cinema para a televisão, com as séries, que são outro jeito de contar boas histórias. No You Tube, você encontra o conteúdo específico que deseja”, comenta Hurley.

Após revolucionar o mundo da comunicação, no entanto, Hurley acredita que novas ferramentas precisam surgir para organizar as informações dentro das organizações, já que elas estão chegando ao seu limite. “O mundo da criação é o mundo da oportunidade. É importante termos uma solução, para que o volume imenso de informações produzido faça algum sentido”, afirma Hurley.

Com mais de 800 milhões de usuários, esse montante de informação realmente é um desafio para uma empresa como o You Tube. “Não importa de onde você é, nem quem é você. As pessoas sempre acharão lá algo que vá interessá-las. Se está aprendendo música ou a cozinhar, o You Tube te dará a resposta. É um reflexo também dos desejos das novas gerações, que querem consumir, criar e produzir durante todo o tempo que puderem”, conclui Hurley.

De acordo com Thomas Davenport, consultor de renome internacional, as empresas precisam analisar o quanto o big data será revolucionário no seu setor e se você deve investir nisso de forma agressiva ou mais conservadora. É preciso também decidir como e onde usar essa análise dos dados. Ou seja, essa é uma questão que deve constar no planejamento estratégico da organização. Essas análises têm como objetivo explicar os fatos presentes ou passados, gerando relatórios úteis para a gestão e melhoria dos processos de uma empresa no futuro. “Coletar, armazenar e analisar o máximo possível de informações acerca do que seu negócio diz respeito, interna e externamente, é um diferencial competitivo para as empresas”, comenta Davenport.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 38 / nº 343

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