Evitando o stress e mudando a nossa atitude diante das tribulações

Evitando o stress e mudando a nossa atitude diante das tribulações

Por Myrna E. C. Coelho Matos – Psicóloga Clínica e coordenadora do IACEP-Ribeirão Preto

Evitando o stress e mudando a nossa atitude diante das tribulações 

O termo stress tem sido amplamente utilizado em nosso cotidiano, apresentando diferentes significados e, muitas vezes, compreendido de forma equivocada e simplista. Por exemplo, é comum as pessoas empregarem este termo para descreverem muitos de seus estados e condições emocionais, assumindo estar sob stress quando estão cansadas, irritadas, sobrecarregadas ou indignadas com alguma situação indesejável.

Para a psicologia, o stress é caracterizado por reações psicofisiológicas que o organismo apresenta diante de situações que excedem sua capacidade de adaptação e, quando não tratado corretamente, possui a tendência de ir se agravando até levar a pessoa à exaustão, fazendo com que o organismo se torne susceptível ao aparecimento de problemas físicos e emocionais mais graves.

É importante ressaltar que o stress não se caracteriza por sintomas isolados e é preciso que seja feita uma avaliação clínica criteriosa para caracterizá-lo adequadamente, de forma a possibilitar a identificação de situações externas que podem estar exigindo da pessoa uma grande capacidade de adaptação e que podem estar relacionadas tanto a situações vivenciadas de maior impacto emocional, tais como: divórcio, mudança de cidade, de emprego, doença, perda de um familiar; como também a situações de menor impacto, porém permanentes, tais como: dificuldade de relacionamento familiar, premência de tempo, sobrecarga no trabalho, exposição constante a ruídos, entre outros.

Além dos estressores externos, também é necessário levar em conta os estressores internos relacionados às características pessoais do indivíduo e que se associam com a forma com que cada pessoa lida com uma determinada situação, o que explica o porquê de algumas situações desafiadoras da vida abalarem algumas pessoas de maneira mais intensa do que outras, conforme pude observar num estudo que realizei anos atrás e no qual mostrava que as pessoas que apresentavam maiores índices de stress não necessariamente eram as que foram submetidas a um número maior de contingências estressoras. O estudo também demonstrou que as pessoas que apresentavam índices baixos de respostas de stress eram aquelas que utilizavam várias estratégias eficazes de enfrentamento, chamadas de estratégias de coping, que envolve a prática de exercícios físicos, boa organização do tempo, dedicação a atividades de lazer e relaxamento e hábitos saudáveis de vida.

Como sabemos que não temos como evitar a ocorrência de muitas tribulações em nossas vidas, resta-nos mudar a nossa atitude diante de tais tribulações por meio de alguma estratégia de enfrentamento que impeça o aparecimento do stress e, principalmente, nos possibilite desfrutar do melhor de uma vida com propósito. Espero, com muita expectativa, que você consiga encontrar esse caminho. Mas, se isso ainda for uma tarefa muito difícil para você, tenho certeza que alguém poderá lhe ajudar a encontrá-lo.

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