Saúde e Religião
Myrna E. C. Coelho Matos
10 Dez 2012 09:57
Por Myrna E. C. Coelho Matos – Psicóloga Clínica e coordenadora do IACEP-Ribeirão Preto
Em julho de 2012, tive a oportunidade de apresentar um trabalho sobre o tema “Psicologia, Espiritualidade e Saúde”, durante o XXI Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental, realizado na cidade de Curitiba. Sabemos que a Psicologia, enquanto ciência natural, não possui meios e nem tem como objetivo analisar as influências divinas sobre a vida das pessoas, mas tem como interesse compreender o impacto que a espiritualidade e o comportamento religioso possui na saúde física e emocional das mesmas.
A religião não é intrinsecamente positiva ou negativa para a saúde, pois são vários os aspectos que influenciam para que o comportamento religioso seja considerado saudável ou não. Devido à pequena extensão deste texto e à grande quantidade de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, farei apenas um breve resumo sobre as principais conclusões desses estudos.
A grande maioria das pesquisas tem demonstrado que experiências religiosas tendem a promover muito mais consequências positivas do que negativas. Dentre os efeitos positivos de uma religiosidade saudável, podemos destacar o apoio social recebido do grupo religioso, principalmente em momentos de dor, perda, doença, morte, divórcio, falência e abandono, situações estas que são reconhecidamente potencializadoras de possíveis transtornos psicológicos para a pessoa que as vivencia.
A religiosidade saudável também está associada a menores índices de ansiedade, depressão, abuso de substâncias e comportamentos sexuais de risco, como também a uma maior estabilidade nos casamentos. Alguns estudos importantes demonstram que a religiosidade pode atuar também como um fator de proteção contra distúrbios psicológicos diante de diagnósticos e tratamentos de doenças crônicas, como câncer, cardiopatias e doenças degenerativas, entre outros benefícios.
Quer saber mais sobre este assunto? Clique AQUI e leia a entrevista de Harold Koenig, um dos mais respeitados e expressivos pesquisadores da área, concedida à Revista Veja, publicada em 10/10/2012.
Veja, também, uma entrevista exclusiva do pesquisador, disponível no vídeo abaixo
