A SÉRIE: A ADOÇÃO (parte 1)

A SÉRIE: A ADOÇÃO (parte 1)

Olá leitores, estarei publicando uma série de textos sobre o tema que defendo apaixonadamente: A adoção.  As reflexões não são minhas, são de Sávio Bittencourt, porém eu não conseguiria descrever o que sinto e penso de forma tão precisa quanto ele faz. As palavras dele são expressões do coração de pais, biológicos ou adotivos, que geram filhos no interior de sua alma e os amam de forma completa e incondicional. Agradeço ao autor que tanto tem me ensinado. E por isso, compartilho  com vocês o que tenho aprendido. Boa leitura!!!


Adoção é uma atitude. Uma atitude de amor que parte da determinação resoluta de ser pai. É um tiro no fundo do próprio navio, dado pelo comandante-guerreiro como incentivo radical a seus soldados a conquistarem o território inimigo: ou se vence ou se perece. Este é o espírito que envolve o adotante. Sem titubiezas inúteis ou covardia. O amor tudo pode e tudo supera. Uma certa vez, minha filha Maria, de cinco anos, biológica, após conviver com a eterna celebração da adoção de sua irmã Ana, me disse em charmoso queixume: “Papai, eu queria ser sua filha adotiva! “ Pensei por alguns segundos sobre sua colocação. Ela havia percebido a grande festa daquela adoção, sua profundidade, sua felicidade tangível! Me ocorreu de responder simplesmente: “mas você é minha filha adotiva! ” Ela retrucou, intrigada, do alto de seus cinco aninhos ainda incompletos: “mas... eu não sou sua filha bisológica? ” Respondi: “Você é minha filha biológica sim, mas eu te amo tanto que te adotei! Eu te levo para escola, eu faço dever, eu vou ao cinema e gosto de brincar com você. Eu te amo tanto que te adoto todos os dias! ” Ela ficou muito satisfeita. Acho que percebeu que a atitude adotiva é o corpo de delito do amor. Devemos adotar nossos filhos, biológicos ou não, para que a festa seja completa.


“Aprender a se desvencilhar amavelmente dos preconceitos alheios me ajuda a fulminar os meus próprios. A adoção é um vínculo de primeira grandeza na minha emoção, no meu sentir, e me torna pai integral, de verdade, pai criador, pai de amor, pai com “P” maiúsculo. “

 

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