Mas você já conversou?

Mas você já conversou?

Muitas pessoas se queixam de fantasiarem ou imaginarem sobre o que os outros estão achando ou pensando deles e de suas atitudes.

Eu sempre falo: mas você já perguntou isso para esta pessoa? Você já conversou com ela?

E a resposta é, quase sempre, não.

Às vezes sofremos com algo que não existe, aquele olhar diferente de quem cruzou por nós, a fala que alguém nos contou, uma frase no Facebook que acreditamos ser uma indireta.

Não seria tão fácil se conversássemos com as pessoas, se expuséssemos nossos sentimentos de uma maneira clara? Desta forma não sofreríamos com algo que, na maioria, das vezes não é a realidade.

O mundo precisa de diálogo, de uma conversa olho no olho, de um carinho com as palavras.

A gente guarda rancor por algo que não existe, e mesmo que existisse, não conseguimos expor e nos ver livres deste sentimento.

Precisamos nos olhar para e entender o porquê aquilo me incomoda tanto, e se incomoda, o que faço com isso? Às vezes a resposta está mais próxima do que imaginamos.

Coloco uma frase do livro Dom Casmurro, do autor Machado de Assis para ilustrar um pouco do pensamento deste post:

O ser humano gosta de complicar as coisas, é só uma brisa, quem sabe ela bagunce teu cabelo, quem sabe te acaricie o rosto, quem sabe, quem sabe…”

Sim, quem sabe não é só uma brisa? E será a complicação não está apenas dentro de nós mesmos?

 

 

Compartilhar: