O Mito da Caixa de Pandora e 2018

Natália Chiapini Danellucci

29 Dez 2017 16:56

Olá, pessoal, tudo bem?

2017 está acabando e volto aqui para falar sobre esperança para o ano de 2018, para isso ilustrarei esse post com o Mito da Caixa de Pandora.

Para iniciar, vocês sabem o que são Mitos?

Os Mitos são histórias populares que os povos antigos, gregos, romanos, egípcios, nórdicos, entre outros, contavam de uma maneira simbólica a fim de expressar questões ligadas à cultura, a criação do mundo, do universo, e diversos assuntos ligados ao cotidiano ou a situações mais complexas. Eles, em geral, retratam o mundo como era antes de o conhecermos, apresentam e contam sobre lugares, personagens sobrenaturais, divindades, o tempo, e alguns contém um cunho religioso.

Os Mitos são muito ricos para nos ajudar a pensar sobre algumas questões da nossa rotina, incluindo as sessões de psicoterapia.

O Mito da Caixa de Pandora origina-se na Mitologia Grega, Pandora foi a primeira mulher criada por um dos deuses que acreditavam existir naquela época, Zeus, pois ele queria se vingar de Prometeu que havia dado o poder do fogo aos homens,  e a entregou para se casar com Epimeteu, irmão de Prometeu.

Quando Pandora passou a existir, foi oferecida a ela uma caixa que dentro encontravam-se todas as mazelas do mundo: inveja, maldade, mentira, avareza, crueldade, etc, mas também continha uma "coisa"  chamada “esperança". Pandora não sabia o que existia dentro da caixa, Zeus além disso, a criou com um único defeito, a curiosidade, pois sabia que em algum momento de sua vida ela teria desejo de abri-la. 

E então, certo dia, após ter conseguido ficar por um tempo com a caixa fechada,  Pandora decidiu abri-la após um sono de seu esposo e deixou escapar as mazelas, mas ao mesmo tempo conseguiu preservar a esperança, libertando o mundo de todo este mal, oferecendo a eles a esperança para continuarem vivendo.

Pois bem, acredito que em 2017 tenhamos vivenciado um dos anos mais difíceis no Brasil em todos os aspectos, políticos, econômicos, culturais, além de todas as questões pessoais que nos permeiam. Não foi nada fácil, parece que a cada tentativa de suspiro ele era interrompido.

Não vou entrar em detalhes, mas o espelho desta realidade se refletiu no consultório, na indignação da população, nas redes e nos meios sociais em que estamos inseridos.

Muitas vezes nos sentimos incapazes e impotentes em tentar lutar por algo que nos deixou indignados, mas trago este Mito para tentar demonstrar que apesar de não termos nada em mãos e nada de concreto para conseguir modificar significativamente uma realidade, podemos, sim, nos mudar e utilizar desta esperança para nos guiar.

E os passos, muitas vezes, precisam ser singelos, vindos do interior para o exterior.

Desejo a todos que quando se sentirem impotentes em 2018 lembrem-se da esperança, pois é ela quem poderá ser o fio condutor a nos guiar em busca do melhor que podemos ser e, com isso, externalizar essa conduta ao mundo.

Que todos tenham um abençoado 2018!

Abraços!