2018...

2018...

No Brasil. 2018 veio caminhando lentamente...

Veio devagar... Muito devagar, mas veio...

Foi difícil a caminhada...

Foi longa a estrada...

Veio a trancos e barrancos, mas veio...

Quantos obstáculos...  Quantos buracos...

Quantos lamaçais...

Tínhamos a impressão de que

não terminaria jamais...

Veio lentamente, mas veio...

Lutou, esbravejou, não parou no meio...

Quantas ciladas teve de enfrentar!

Quantas barreiras!

Quantas rasteiras!

Veio lentamente, mas veio...

O gigante encolheu, apequenou-se!

Foi maldição que alguém lhe trouxe!

 

Diria o nordestino aperreado:

fui enganado!

O Rio de Janeiro já não é mais

a minha praia, diria a turma do leste

no seu protesto conteste!

Botaram erva estragada no meu chimarrão,

diria a turma do sul com o gaúcho machão!

Estamos sem sorte, diria a turma do norte!

Com tanta corrupção, perdemos o norte!

A turma do centro-oeste ficou furiosa!

Plantou, adubou, colheu, a safra foi maravilhosa,

mas na hora de transportar: cadê a estrada?

A estrada ficou na prosa!

 

Assim foi o 2018!

Triste, queixoso, sofrido,

de tantos males corroído...

Despede-se com grande tristeza,

com poucas vitórias

de alguma  beleza!

Que pena!

Quanta oportunidade perdida

durante o  ano de vida!

 

O brasileiro está triste,

mas apega-se ao porvir!

Espera que para o futuro,

a  alegria  terá  de vir!

 

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