Bosque da vida!

Bosque da vida!

 

Certo dia a vi colhendo rosas em um jardim!

Estava linda no meio do roseiral que a aplaudia

ao passar da brisa ligeira que se despedia!

Ela sorria, apesar de  tentar um sorriso escondido!

Lembranças tristes de um amor antigo?

Esse fato imaginei, mas com ele não me importei!

Importei-me sim ao vê-la sorrir

ao  pegar  nova rosa e seu perfume sentir!

De repente parou olhou para o infinito!

Estaria a ver  ao longe um mito?

O mito de um  amor que não frutificou?

Que possivelmente pouco durou?

Voltou os olhos para o roseiral!

Continuou colhendo rosas!

Guardava os botões em seu regaço

e despetalava as velhas pelo caminho,

para   o perfume deixar  no seu passo!

Escondido, de longe, eu sentia o seu perfume!

Cheio  de frustração eu morria de ciúme!

Saí do esconderijo e apresentei-me a ela!

Um sorriso generoso saiu dos lábios dela!

Que mister havia naquele sorriso

que parecia não ter fim?

Colhi e dei-lhe a rosa mais bonita do jardim!

Ela sorriu mais e deu-me a mão!

Não houve senão!

Saímos do jardim e caminhamos!

Caminhamos para um grande bosque,

o bosque  que passou a ser a nossa guarida!  

O grande bosque da nossa própria  vida

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