Certas noites...

Certas noites...

Certas noites pego o navio dos meus sonhos

e saio a navegar pelos mares obscuros

de minha solidão...

O mar é bravo, as ondas são revoltas,

o medo me assalta a alma

e agita meu coração...

Um relâmpago  ilumina  o horizonte

lá longe, onde o céu se junta ao mar

onde minha solidão quer chegar...

Quero chegar a esse lugar

onde as estrelas se afogam,

a lua toma banho

e sereias esperam marinheiros

cheios de amor p’ra dar...

Vou em frente, embora, em certos momentos

a coragem se acovarda, os braços

tendem a perder força,

mas os sonhos continuam a estimular...

Mudo de uniforme, visto a farda

da fantasia, renovo a minha alegria

e vou à procura de alguém,

que, na verdade, não sei quem

eu poderia enxergar!

Que alegria!

Que conforto!

Que medo de desconforto!

Que mar imenso a atravessar!

Valerá a pena arriscar

para lá chegar?

Sim! Vale a pena

enquanto estamos vivos

e inda  podemos sonhar!

 

 

 

 

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