Dia do combate ao fumo

Dia do combate ao fumo

O dia 29 de agosto é o dia de combate ao fumo. Embora eu não goste de dias de comemorações, este não me parece uma má ideia.  Combater o fumo é sempre importante. Vou contar-lhes uma história, desta vez, não muito pitoresca, mas,  certamente, vai dar muito o que pensar. É a história de Julinho, menino da capital paulista, filho de família abastada que teve tudo o que desejou e o que não desejou. Frequentou os melhores colégios de São Paulo e ingressou em uma das melhores faculdades de direito do país.  Aos 14 anos, influenciado pelos colegas começou a fumar. O pai, que era médico, perdeu horas e dias tentando explicar ao filho,  que o cigarro era um mal terrível e que poderia levá-lo a ter câncer de pulmão. No fundo, apesar de saber que o cigarro era um mal terrível e temível, o pai  não ficou totalmente apreensivo porque o filho detestava o cheiro de maconha e não escondia de ninguém esse fato.  "Menos mal", pensava o pai no seu silêncio profundo.

Apesar dos tempos modernos, Julinho morava com o pai e com a mãe, fato que raramente estava acontecendo com seus colegas de escola que estavam com padrastos, outros com madrastas. Mesmo assim, a sua conduta não foi muito diferente da de seus colegas de colégio e faculdade. Como a maioria dos filhos nessa idade, Julinho ouviu mais os coleguinhas da escola que o pai e a mãe.  Ele sabia que o efeito do fumo é tão forte que pode contaminar quem estiver por perto, principalmente  as pessoas que estão debaixo do mesmo teto.  Apesar disso, não se importava!

Em países adiantados como nos Estados Unidos, a preocupação da autoridades com o cigarro é muito maior do que nos países do terceiro mundo como o nosso. Lá, o Centro de Controle e Prevenção  de Doenças revelou que a cada segundo que se fuma, perde-se um segundo de vida! Parece pouco, não é mesmo! Contabilize vinte cigarros por dia, ou mais, e você vai ver quanto  vai viver a menos, se não tiver outra doença, que o mate antes!

As últimas pesquisas revelaram que o fumo mata cerca de dois milhões de pessoas por ano, no mundo. A Revista Newsweek revelou que o fumo mata 420 mil americanos por ano!   O fumo acaba matando uma de cada duas pessoas que fumam!  O fumo ataca todos os órgãos do organismo, mas a doença mais temida é o câncer dos pulmões.

 Julinho sabia disso, porque o pai médico o informava sobre tudo o que as revistas médicas traziam. Sempre educado  e carinhoso, dava um abraço no pai e um beijo na mãe e saía sorrindo!

Vendo que o filho não se intimidava com as ameaças recebidas, assim como os colegas que frequentavam a sua casa,  o pai de Julinho providenciou junto ao diretor do Colégio, palestras de médicos famosos da capital para orientação do combate ao fumo! Julinho não perdeu nenhuma das palestras, até entendia a necessidade de diminuir o número de cigarros, mas já estava dominado pelo vício! 

O tempo foi passando! Aos 20 anos ele já fumava um maço e meio e aos 30, dois maços. Nessa época o pai e a mãe haviam morrido de desastre de automóvel, e ele já não precisava dar satisfação a ninguém.

Aos  35 anos começou a emagrecer e a ter uma tosse seca que ele falava ser do cigarro! A tosse e o emagrecimento, entretanto, era o menos grave do que tudo o que estava acontecendo. Após radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, o diagnóstico foi o pior possível: câncer de pulmões.  Julinho foi internado em um dos maiores hospitais de São Paulo. Permaneceu internado por cerca de dois meses. Fez todo o tratamento indicado pelos médicos, mas não houve recuperação! Faleceu aos 36 anos de idade!

Esta história não foi tão pitoresca assim, mas ficamos sabendo que depois de dez anos do falecimento do pai, os três filhos que nunca fumaram fundaram um Centro de Pesquisas contra o uso do fumo! Espero que você não tenha necessidade disso!

Julinho se foi! Deixou muito sofrimento e saudade, mas deixou o exemplo de que o fumo,  realmente, mata! 

Compartilhar: