Lições pitorescas de medicina

Lições pitorescas de medicina

Sempre gostei dos fatos pitorescos da medicina. Tanto é verdade que escrevi  um livro que se chama: Histórias Pitorescas da Medicina. Nesse livro conto histórias imaginárias, mas que se você prestar atenção vai achá-las verdadeiras. Por ter  recebido muitos elogios sobre o livro, resolvi mudar um pouco o estilo e, ao invés de escrever "histórias pitorescas da medicina", resolvi ensinar alguma coisa de medicina com algumas crônicas pitorescas. Eu percebi que as pessoas se interessam muito por  explicações de temas médicos que não as satisfazem ou as confundem ao consultarem a internet, e querem explicações mais reais e confiantes.  Infelizmente  os médicos, por seus múltiplos compromissos, devido à louca correria de emprego em emprego, de plantão em plantão, não têm   tempo para dedicar essa importante parte do tratamento para seus clientes. Boa parte da medicina, principalmente aquela que diz respeito ao diálogo, à atenção, à devida explicação, fica a dever em muitos consultórios. No serviço público é um desastre. Lá, um paciente está sentando na cadeira à frente do médico, o outro já está chegando à porta e o terceiro já está se levantando da cadeira da sala onde espera. Sorte dele se conseguiu a cadeira para sentar porque a maioria aguarda de pé.  Isso, naturalmente depois de dois a três meses de uma longa e interminável fila de espera para a consulta.

 Parece brincadeira, piada de mau  gosto, intriga de alguém que quer tumultuar o      atendimento médico? Nada disso! Se quiser comprovar o que estamos falando, pegue o telefone e tente marcar uma consulta em um dos Postos de Saúde do Brasil. Problemas de   Ribeirão Preto?  Não! Problemas de todo o país!

 Todos falam mal do tão demorado atendimento! Alguns políticos jogam a culpa em outros  que têm a direção dos Serviços de  Saúde Pública.

 Somente os políticos  são os responsáveis pelo caos?   Sim e não! Sim porque todos prometem que vão resolver o problema em  época de eleição e não resolvem;  parece não terem força e  vontade suficientes  para a resolução. Não, porque o político é um ser humano que saiu do meio do povo e sofre toda a influência do comportamento desse povo. Ele é fruto dele! Como uma árvore ruim  poderá  dar fruto bom? Os estudiosos da genética sabem bem do que estou falando.

  Alguém, entretanto tem de pensar em alguma saída! Penso que instruir o povo das mais variadas formas possíveis trará  boa perspectiva! Os professores deveriam fazer isso fora das salas de aula! Os chefes de escritório, os instrutores de fábricas, os técnicos de futebol e de tantos outros esportes, também! Ensinar deveria ser prioridade neste país! Vender automóveis que poluem o ar, emprestar dinheiro para aposentados que ficam com os  bolsos furados, fazer os filhos praticarem futebol excessivamente, apenas pensando no futuro com grande fortuna, quando eles gostam  é de ir à praia contemplar o mar e ver as tartarugas, os golfinhos e os peixes, é erro grave. Se cada profissional dedicar alguns minutos de seu dia ou de sua semana em tentar instruir alguém, o povo, o político e o país vão mudar!

Não podemos pensar apenas em nossos filhos, em nossa família! Não há ajuda particular que vingue com honestidade se não houver o entendimento coletivo!

  Vamos tentar apagar o incêndio que reina neste país. Se você levar apenas uma xícara de água para apagar o incêndio, pode ser que o incêndio não se apague, mas será grande exemplo para que milhares, milhões delas venham apagar o grande incêndio.

 Como médico, resolvi prestar a minha colaboração!  Vou levar a minha xícara de água!       Durante algumas semanas vou apresentar crônicas com assuntos médicos, de maneira diferente e pitoresca, fáceis de serem entendidos!

Se você gostar, envie-me um e.mail:   [email protected]

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