A primavera passou!

A primavera passou!

A linda primavera passou com suas maravilhosas telas naturais! Quanta beleza!

Quanto trabalho! Quantos quadros pintados com maestria!

Os pincéis de Deus não pararam de trabalhar durante três meses ininterruptos!

Que tintas fantásticas! Que habilidade do Pintor Maior! Não há no mundo exposição de pintura que se possa comparar à da primavera!

Quem viu! Viu!

Quem fotografou! Fotografou! Quem perdeu! Perdeu!

A primavera se despediu com um galho singelo de ipê branco, gesto de paz e harmonia para um povo nervoso e quase desorientado por causa da famigerada covid.

Primavera, bela donzela! Que bom que todos os anos fica conosco três meses! Fica três meses, mas, na realidade, não nos abandona! Parte de sua beleza e de seu perfume fica entre nós! Rabiscos de quadros e de tintas ainda ficam para trás nas pontas dos galhos das sibipirunas, das quaresmeiras como fins de pinceladas, para que a maravilha não se acabe de vez!

A brisa suave da tarde, sua leal e permanente companheira, a acompanhou ao fugir do verdugo sol abrasador que estava para chegar no início do verão!

As estrelinhas medrosas diminuiram seu tremeluzir com medo das nuvens carregadas e mal-educadas trazidas pelo verão! A Via Láctea, que queria mostrar sua roupa nova confeccionada pela primavera, escondeu-se com medo de ser atingida pelos coriscos que poriam fogo no céu!

Ela se foi! Foi preparar as tintas para o ano vindouro, que certamente virá com todo garbo que lhe é inato!

 

Primavera! Primavera!

Tu és a bela donzela

que Deus nos deu p’ra namorar!

Nos deixa por algum tempo,

mas temos toda certeza

que p’ro ano vais voltar!

 

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