Um menino

Um menino

 

Certo dia,  era véspera de Natal,

um menino bateu à minha porta! Quem seria?

Abri a porta! Não o conhecia!

Ele sorriu para mim e me disse:

- Bom dia!

Olhei para ele, admirado!

De onde viera aquele visitante inusitado?

Ele continuou a sorrir para mim!

Sorriso meigo, doce, gracioso e singelo!

Era, realmente, um sorriso belo

que parecia não ter fim!

Deu-me a mão! A ele eu dei a minha!

Uma corrente de paz e alegria correu por minhas veias!

- Posso entrar? Perguntou-me!

- Pode sim.

Disse-lhe ao verificar o seu sorriso sem fim!

Entrou em minha casa sem cerimônia!

Minha mulher e eu montávamos o presépio!

- Posso ajudar?

- Sim! Pode ajudar!

A cada peça que pegava, ele brilhava!

Ela brilhava!

No final, a manjedoura estava vazia!

- Falta uma peça, disse ele, diligente!

- Ela chegará à meia noite! Ainda vai demorar!

- Não precisa esperar  meia noite para ela chegar!

- É  tradição  da casa! Vamos aguardar!

 

Acabava de anoitecer!

Ele despediu-se de nós e saiu!

No lusco-fusco da noite se evadiu!

Eu e minha mulher nos sentíamos felizes!

Quem seria aquele menino que do nada aparecera?

Minha mulher ficou encabulada!

Fechamos a porta e fomos ver o presépio

com a manjedoura inacabada!

Que susto! A imagem do Menino Jesus,

que  à meia noite seria colocada,

estava na manjedoura montada!

A imagem sorria para minha esposa e para mim!

Estava com um sorriso meigo,  doce, gracioso

e singelo!

Era realmente um sorriso belo

que parecia não ter fim! 

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