Visita da borboleta!

Visita da borboleta!

 

 

       Em certa manhã, ao levantar-me cedo  e ir ao jardim para ver as minhas flores na minha propriedade rural,  tive uma grata surpresa! Uma grande e linda borboleta azul, filha daquelas grandes lagartas que pelo tamanho, nos dão medo, visitava o meu jardim! Era realmente linda! Tornava-se mais bela quando voava de flor em flor com suas asas brilhando ao sol da manhã! Naquele momento tive a grata sensação de que me encontrava no éden. O sol nascente, com seus raios inclinados, chegava junto com a brisa da manhã que beijava as gotas de orvalho sobre as folhas e flores do jardim! A bruma cinzenta escorregava entre os galhos das roseiras ao despedir-se lentamente! A borboleta ao voar pelo jardim dava-me a impressão de um pincel mágico  que aumentava o colorido das folhas e flores. Em suas idas e vindas esparramava o perfume que colhera em cada pétala por todo o jardim!  De flor em flor, a borboleta deixava seu suave beijo de fada madrinha! Não sei por que, em um atino,  percebi  em meu pensamento uma mudança que não sei dar nome: a fada madrinha se transformara em um grande Don Juan, que com seu porte juvenil, asas vigorosas, voos cativantes,  beijava sofregamente as flores-donzelas, de uma em uma, sem deixar nenhuma delas para trás!  A brisa, ao passar, curvava levemente cada flor, dando-me a impressão de que agradeciam ao beijo daquele fantástico dom Juan que fazia questão de prestigiar todas elas!

       Diante de tanta beleza veio-me à mente a origem das maravilhosas borboletas! Elas têm a origem em um ovo que se transforma em  lagarta, muitas delas de péssimo aspecto visual; algumas têm veneno em seus mini-pelos que queimam a nossa pele ao contatá-las.  Na fase de  lagartas constroem um casulo e recebem o nome de pupas. Depois de algum tempo se transformam nas lindas borboletas!

      Pensando na evolução delas, pensei em Deus! Com que capricho Deus criou essas beldades! Certamente as criou muito tempo depois de criar o homem e certos animais selvagens!

  Despertado de “meu sonho” após um voo da borboleta que passou junto à minha face, percebi que ela deixou o jardim e foi beijar algumas flores silvestres não muito distantes! Senti que  a intenção de esse Don Juan fantasiado de beldade, que saindo de um jardim maravilhoso, de flores belíssimas e perfumadas, não deixou de contemplar com seu beijo as flores-donzelas do campo, não menos lindas e perfumadas, mas tratadas apenas pelo jardineiro de Deus!

 

 

  

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