Casas e crianças precisam de pilares firmes!

Casas e crianças precisam de pilares firmes!

Hoje foi um dia difícil. Pela primeira vez levei meus filhos na escola com certa tristeza. Essa onda de violência nas escolas, seguida de várias fake news espalhando mais terror e medo deixou o meu filho menor um tanto inseguro. Tenho um filho de nove anos e outro de doze anos. Ambos não possuem mídias sociais e isso já dá uma boa segurada no contato com coisas inapropriadas para a idade deles. Obviamente isso não significa que estão alheios as notícias do mundo ou aos comentários dos amigos que estão expostos a todo tipo de postagens inadequadas tanto para crianças e até mesmo para adultos! Diante desta situação toda ouvi uma mãe dizer: Vou deixar meus filhos decidirem se querem ir para escola ou não!

Minha cabeça fritou com essa frase!!!! Entendo totalmente que uma mãe, no auge de seu amor e empatia não queira que seus filhos tenham que ir para a escola com medo, ela quer respeitar isso! Mas será mesmo que isso é dar segurança aos nossos filhos!!! Claro que se uma criança apresentar pânico, choro, muita insegurança, não podemos jamais forçar uma situação de pavor para ela. É preciso perceber que muitas vezes a criança manifesta suas inseguranças e medos buscando em você um pilar firme, uma estrutura que irá norteá-la. É urgente ponderar, é urgente que adultos voltem a ser a boa fundação da casa!  Vou usar aqui essa imagem da construção de uma casa como uma analogia do processo educacional de uma criança. Os elementos presentes na fundação de uma casa são responsáveis por receber toda a carga e peso desta estrutura. Sendo uma estrutura firme , então isso irá contribuir de forma significativa na estabilidade global da obra. Pais e mães deveriam usar essa concepção básica da engenharia e arquitetura para a construção e consolidação de suas famílias. Crianças também precisam de pilares firmes! Pais devem ser estruturas fundamentais na vida de uma criança, devem passar segurança.

Equivocadamente tenho visto comportamentos fragilizados dos pais, nos últimos tempos. São pais e mães que não possuem mais certeza do papel que desempenham na estrutura de vida de seus filhos. A concepção de validar os sentimentos das crianças e ouvi-los, trazidos pela psicologia, foi assimilado de maneira superficial e confusa por muitas pessoas. Ouvir os sentimentos de uma criança e se colocar empaticamente no lugar dela não significa transferir para a criança a responsabilidade de tomada de decisões. Não há como deixar que crianças recebam o peso de responsabilidades que são exclusivas dos adultos. Não há sequer desenvolvimento neurobiológico do cérebro da criança para que ela possa ter condições de assumir essas escolhas.  Se meu filho tem medo de algo é meu papel ouvi-lo, mas é meu papel também me reorganizar internamente, superar meus próprios medos e ter clareza do que é real e do que não é. Família precisa de fundação, pais e mães são estrutura, não decoração!

Compartilhar: