Ciúmes--Flávio Gikovate

Ciúmes--Flávio Gikovate

Nos elos sentimentais, além da inevitável dependência, surge também o ciúme. Esse impulso possessivo parece fazer parte da nossa natureza!

O ciúme pode estar presente mesmo quando o parceiro é extremamente confiável: pessoas muito inseguras vivem o eterno pavor de serem trocadas.

O ciúme tem duas raízes: existe o ciúme sexual, em que nos vemos ameaçados de traição; e o ciúme sentimental, por nos sentirmos desprestigiados.

O ciúme sentimental não implica ameaça: não existe o risco de abandono e nem de deslealdade; a dor deriva da intolerância ao desprestígio.

Sempre que a pessoa amada é muito ligada sentimentalmente a uma outra, podemos sentir ciúme: nas horas em que nos sentimos em segundo plano.

É forte o componente de vaidade no ciúme sentimental: o que ama quer se sentir o mais importante (senão o único) para o amado o tempo todo.

O amor, mesmo entre pessoas mais maduras, implica alguma dependência; e ela gera insegurança, que só se atenua por meio de um compromisso.

Dadas as nossas reais características (dependentes e ciumentos quando amamos), fica difícil aceitar a infidelidade mesmo que "só" sexual. Flávio Gikovate

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