Homenagem ao poeta THOMAS STEARNS ELIOT-4 de janeiro de 1965

Homenagem ao poeta THOMAS STEARNS ELIOT-4 de janeiro de 1965

Homenagem ao poeta estadunidense, T.S. Eliot, pela passagem dos 47 anos de sua morte. (St. Louis, 26 de setembro de 1888 — Londres, 4 de janeiro de 1965) OS HOMENS OCOS "A penny for the Old Guy" (Um pêni para o Velho Guy) Nós somos os homens ocos Os homens empalhados Uns nos outros amparados O elmo cheio de nada. Ai... de nós! Nossas vozes dessecadas, Quando juntos sussurramos, São quietas e inexpressas Como o vento na relva seca Ou pés de ratos sobre cacos Em nossa adega evaporada Forma sem forma, sombra sem cor Força paralisada, gesto sem vigor; Aqueles que atravessaram De olhos retos, para o outro reino da morte Nos recordam - se o fazem - não como violentas Almas danadas, mas apenas Como os homens ocos Os homens empalhados. T S Eliot Trad. Ivan Junqueira The Hollow Men Mistah Kurtz—he dead. A penny for the Old Guy I We are the hollow men We are the stuffed men Leaning together Headpiece filled with straw. Alas! Our dried voices, when We whisper together Are quiet and meaningless As wind in dry grass Or rats’ feet over broken glass In our dry cellar Shape without form, shade without colour, Paralysed force, gesture without motion; Those who have crossed With direct eyes, to death’s other Kingdom Remember us—if at all—not as lost Violent souls, but only As the hollow men The stuffed men. T. S. Eliot 'Los hombres huecos' I Somos los hombres huecos Los hombres rellenos de aserrín Que se apoyan unos contra otros Con cabezas embutidas de paja. ¡Sea! Ásperas nuestras voces, cuando Susurramos juntos Quedas, sin sentido Como viento sobre hierba seca O el trotar de ratas sobre vidrios rotos En los sótanos secos Contornos sin forma, sombras sin color, Paralizada fuerza, ademán inmóvil; Aquellos que han cruzado Con los ojos fijos, al otro Reino de la muerte Nos recuerdan -si acaso- No como almas perdidas y violentas Sino, tan sólo, como hombres huecos, Hombres rellenos de aserrín. 1925 Thomas Stearns Eliot foi um poeta modernista, dramaturgo e crítico literário inglês nascido nos Estados Unidos, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1948. Eliot nasceu em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos, mudou-se para a Inglaterra em 1914 (então com 25 anos), tornando-se cidadão britânico em 1927, com 39 anos de idade. Sobre sua nacionalidade e sua influência na sua obra, T.S. Eliot disse: "My poetry wouldn’t be what it is if I’d been born in England, and it wouldn’t be what it is if I’d stayed in America. It’s a combination of things. But in its sources, in its emotional springs, it comes from America." T. S Eliot residia em Londres. Depois da guerra, nos anos vinte, ele passou muito tempo com outros grandes artistas na avenida Montparnasse, em Paris, onde foi fotografado por Man Ray. A poesia francesa exerceu grande influência na obra de Eliot, em particular o simbolista Charles Baudelaire, cujas imagens da vida em Paris serviram de modelo para a imagem de Londres pintada por Eliot. Ele começou então a estudar sânscrito e religiões orientais, chegando a ser aluno do renomado armênio G. I. Gurdjieff. A obra de Eliot, após a sua conversão ao cristianismo pela Igreja Anglicana, é frequentemente religiosa em sua natureza e tenta preservar o inglês arcaico e alguns valores europeus que ele julgava serem importantes. Publicou o poema The Waste Land em 1922; em 1927 obteve a nacionalidade britânica. Em 1928, Eliot resumiu suas crenças muito bem no prefácio de de seu livro "Para Lancelot Andrews": "O ponto de vista geral [dos assuntos do livro] pode ser descrito como classicista na literatura, monarquista na política e anglo-católico na religião." Essa fase inclui trabalhos poéticos como Ash Wednesday, The Journey of the Magi, e Four Quartets.

Compartilhar: