Um jantar para a Casa das Mangueiras

Um jantar para a Casa das Mangueiras

Reunir 250 pessoas para um jantar beneficente e doar toda a renda para um dos projetos mais antigos de Ribeirão Preto, em favor de crianças e adolescentes de baixa renda. Essa é a minha proposta para o dia 10 de novembro, às 20h, e espero a receptividade de sempre das pessoas que acreditam na força de programas sociais que acolhem os menos favorecidos e ensinam o valor do aprendizado, do trabalho e da cidadania.

Meu envolvimento com a Casa das Mangueiras surgiu há vários anos  como um projeto de responsabilidade social do Buffet Renato Aguiar e tornou-se mais forte na convivência com os adolescentes da entidade, onde coordeno o cultivo da horta orgânica, uma das várias atividades praticadas por cerca de 70 crianças e adolescentes que passam o dia na Casa.

Alface de vários tipos, tomates, almeirão, salsa, cebolinha, beterraba e jiló fazem parte das refeições diárias dos adolescentes, e também serão ingredientes das saladas do cardápio do jantar beneficente.

Os adolescentes da Casa das Mangueiras dividem o tempo entre a escola e as oficinas culturais e de geração de renda: confecção de tapetes, bolsas e almofadas com retalhos doados por malharias, produção de velas e reciclagem de papel. Noventa por cento do lucro da produção são revertidos para os jovens e suas famílias, e o restante vai para as despesas com os materiais. As peças artesanais são vendidas para várias regiões do Brasil e no exterior. Os jovens também aprendem dança de salão, dança de rua e psico-balé, têm aulas de reforço escolar, além de estímulo à prática de esportes.

Como surgiu a Casa das Mangueiras
Em 1973, crianças e adolescentes foram encontrados em um posto policial de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, trancados em celas, vigiados por soldados e cães. Um grupo de pessoas da Pastoral de Direitos Humanos aceitou o desafio para mudar esse cenário. Entre essas pessoas estava a assistente social Sueli Danhone, até hoje diretora da entidade. Com apoio da comunidade construíram uma casa em um terreno cheio de mangueiras para acolher e educar. Na década de 80, a Casa mudou-se para a Vila Recreio e firmou-se como uma experiência pedagógica pioneira com adolescentes autores de atos infracionais  e em situação de risco com a proposta de um novo modelo de transformação social.

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