Você já fez algo novo hoje?

Você já fez algo novo hoje?

É interessante o quanto tendemos a nos acomodar ao que está confortável e que já não nos desafia, não é mesmo? Podemos, para começar essa reflexão, pensar em exemplos pequenos de nosso dia a dia como: o lado da cama em que dormimos, o jeito que penteamos o cabelo, a disposição dos móveis de nossa casa, o caminho que costumamos pegar para ir ao trabalho, o jeito que cozinhamos os alimentos, a mão que usamos com mais frequência e destreza, entre tantos outros.

O que proponho nesse texto hoje é provocá-los a sair da zona de conforto e ir em busca de desenvolver algo novo a partir de agora e, principalmente, a partir das motivações que vêm de dentro. Na última semana vivenciei situações que me fizeram pensar sobre isso e situações estas que aparentemente são bobas ou simples, mas  na verdade revelam o quanto não sabemos sobre nós mesmos. Uma delas é sobre a crença que eu tinha de que não gostava de determinada fruta e, compartilho agora com vocês que, nos últimos dias ao tentar sair do automático e ousar experimentá-la me deparei com algo novo e surpreendente a meu respeito, eu GOSTO SIM daquela fruta e não havia motivos para eu não ingeri-la. Se em coisas simples como essas podemos estar enganados a respeito de nós mesmos, imagina em relação às crenças já muito enraizadas e enrijecidas que possuímos e carregamos ao longo de nossas vidas?

Penso que muitas vezes evitamos nos aventurar a desenvolver novas atividades, pois temos muito medo do desconhecido, do que não é ainda familiar ou do que ainda não desempenhamos maravilhosamente bem! Mas aí há uma ilusão muito grande de que devemos SABER antes mesmo de NÃO SABER. Estranho né? Mas é o que muitas vezes fazemos com nós mesmos. Nos colocamos em situações de tanta pressão e cobrança que antes mesmo de tentarmos já nos sabotamos com frases como: "não tenho tempo para isso"; "isso não me interessa"; "isso não é pra mim". Na verdade, na maior parte das vezes temos sim tempo e interesse, mas talvez o que falte seja a tolerância para aguentarmos o estado de não saber, que é inerente a nossa raça humana, afinal de contas ninguém aqui foi programado para saber sobre tudo logo quando nasceu, não é mesmo?

É, então, um baita exercício de humildade e humanidade podermos testar coisas novas, pois para isso precisamos necessariamente sair de nossa zona de conforto e nos permitir sentir o desconforto e a insegurança do que não se conhece. Somente assim poderemos colocar o cérebro para pensar e realizar novas ligações e, deste modo, estimulamos nosso lado criativo, espontâneo e descobrimos habilidades antes sequer imaginadas. Desta forma, não precisamos nos agarrar a rótulos ou verdades intocáveis, mas sim nos permitir viver com maior liberdade e abertura para as experiências.

Então, o que você deixará de temer e irá enfrentar hoje?

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