É preciso saber pensar pequeno. Aliás, nano.

É preciso saber pensar pequeno. Aliás, nano.

Bem, hoje vamos falar de uma empresa que já nasce questionando um dos maiores chavões do mundo jurássico dos negócios: pensar grande. É isso mesmo, vamos falar sobre uma empresa que pensa pequeno, mas põe pequeno nisso, ela pensa nano, nanotecnologia. Essa ciência trabalha com objetos entre 1 e 100 nanômetros. E olha que em 1 metro há 1 bilhão de nanômetros,  já a espessura de uma folha de jornal tem cerca de 100.000 nanômetros e o DNA humano tem apenas 2,5 nanômetros de diâmetro. Mas me lembro até hoje da primeira reunião em que estive com eles e não me esqueço também da perplexidade que me dominou as ouvir as suas explicações de como ocorre um grande desperdício de matérias-primas, e sobretudo, de princípios ativos na indústria farmacêutica, cosmética e alimentar. Pensei: certo, então, vamos lá, me surpreendam, como isso pode ser resolvido?

Nesse momento, vale destacar, que de uma maneira muito gentil, o pessoal da empresa procurou uma forma simples de explicar algo complexo, para uma pessoa leiga, como eu. Aí veio a seguinte explicação: nós criamos uma “bolsa” de lipídios (gordura) que transporta e protege a matéria-prima durante todo o seu trajeto em um organismo ou mesmo em uma fórmula. Então, no momento certo, a “bolsa” se dissolve e libera a matéria-prima para que essa cumpra a sua função. Assim, a sua concentração é maior e a sua absorção por parte de um organismo se torna muito mais eficaz.

E isso é só o básico.  Veja em que tamanho tudo isso pode chegar: redução de efeitos adversos em medicamentos, desenvolvimento de colírios em spray, diagnósticos mais precisos, implantes inteligentes e até mesmo medicamentos personalizados. Uma grande revolução colocada aqui de maneira simples, o que me faz ver o quanto aqueles cochilos nas aulas de química e biologia me custaram caro, hoje poderia estar atuando nesse mercado que movimentou R$ 9 trilhões no mundo até o ano de 2018.

Ah! Mas não posso esquecer  de mais um propósito interessante dessa empresa que trabalha com nanotecnologia: aproximar Academia e Mercado, algo muito priorizado em todos países mais avançados e que no Brasil ainda não compreendemos a importância dessa necessidade, em um mundo onde a inovação cada vez mais tem que ir muito além da troca de cor nas embalagens de produtos. Mas estamos caminhando, empresas como essa que comentamos hoje estão aí, ou melhor, aqui, prontas para tornar o nosso país nano pela própria natureza.

Imagem: https://imcr.com.br/a-formiga-que-derrubou-o-elefante/

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