Ter esperança não é só ficar esperando.

Ter esperança não é só ficar esperando.

A esperança, coitada, anda até sendo chamada de prêmio de consolação para quem nunca consegue nada. “Mantenha ela com você”, dizem. Afinal, “quem acredita sempre alcança”, dizem também. Mas o que eu acredito mesmo é que a esperança não pode ser tão limítrofe assim. Além do que ela é, existe uma infinidade de energia contida nessa palavra, dá até para sentir na sua fonética: esperança. E quando percebemos que ela pode ser construída tijolo a tijolo num desenho mágico, aumentamos ainda mais essa sensação de “agora vai!”.

No Brasil, são 25 milhões de casas com déficits estruturais, impedindo que seus habitantes vivam com o mínimo conforto: banho quente, só de canequinha, pisos incompletos ou desalinhados, um verdadeiro jogo de xadrez com a estética do ambiente, descaídas mal feitas, acumulando água, umidade e muita dor de cabeça para quem “vive” na casa. Sim, sem qualidade também se leva a vida. Mas esse levar, para ser mais leve, necessita da esperança, da crença de que tudo pode mudar.

Aí entra na história uma pequena empresa que começou a demonstrar que é possível atuar em um mercado com um ticket médio baixo, localizado nas periferias da cidade, utilizando um alto comprometimento com a comunidade onde atua. Seus proprietários residem no bairro, onde realizam projetos para mitigar o déficit habitacional qualitativo, por meio de uma atuação bastante interessante.

Uma Fintech parceira paga as obras à vista e financia o valor para os clientes que buscam reformas, em até 24 vezes. Alguns valores são abatidos por meio de doações de outras empresas e de ONGs. A empresa que faz as reformas compra todo o material em lojas do próprio bairro e a mão de obra também mora na vizinhança. Ou seja, o trabalho bem realizado de todos os participantes dessa cadeia produtiva resulta em uma melhoria coletiva. Afinal, o bairro é de todos e todos são do bairro.

Veja só: uma lição tão nobre vinda de cantos que a nobreza evita. Um sentimento tão central vindo do extremo mais periférico. É a esperança construída, não por essas palavras, mas pelas ações inspiradoras de pessoas esperançosas por algo melhor. É por isso nunca podemos perdê-la, mantendo sempre a torcida para que um dia a gente também aprenda, para além da fronteira dos nossos bairros, que o Brasil é de todos e que somos todos do Brasil, se bem que haja reforma, meu povo!

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