É proibido proibir

É proibido proibir

Olá caros amigos leitores.

Depois de um mês sabático (todos merecem férias) volto a esta tão querida coluna em meio a uma enxurrada de assuntos, temas não faltam, principalmente políticos, nossos representantes todos os dias nos fazem redimensionar a ideia de que o poço tem um fundo, parece não ter.

Mas decidi voltar aos trabalhos abordando outro assunto. Em janeiro deste ano o webdesigner de 47 anos Marcelo Alonso, enviou ao Senado um projeto de lei que pretende criminalizar o funk.

Antes preciso confessar a vocês leitores, que particularmente não gosto de funk, na minha casa, no meu caro e na playlist do meu smartphone não tem um funk sequer, mas confesso que já fui a festas, que já fui recepcionado pelos meus alunos em sala com este ritmo e até ensaiei um balaço nos quadris, por favor, não dá para ser sério 24 horas por dia, amo Maria Bethânia, mas tem hora pra tudo.

Quem é o senhor Marcelo Alonso e seus 21.985 colaboradores para decidirem o que outros 200 milhões de brasileiros devem ou não ouvir? Por que eles acreditam que a régua deles deve servir de medida para todos?

Os pseudos intelectuais tem a triste mania de separarem o mundo em duas partes: a das pessoas cultas, de bons costumes e moral elevada, e dos incultos, de moral e gostos duvidosos.

O que os vigilantes dos bons costumes tentam fazer hoje já foi feito séculos atrás com o samba e a capoeira, que figuraram como atividades criminosas até o começo do século XX. Atualmente parece um exagero comparar o funk com o samba e a capoeira, mas só o tempo poderá julgar tal manifestação cultural.

Esse projeto de lei soa racista, elitista e falso moralista, o que se dever fazer é educar e orientar as crianças, pais e comunidade escolar juntas, devem determinar o que pode ou não ser escutado no espaço escolar, no mais é pura opção familiar e pessoal.

Parafraseando Caetano Veloso e os Mutantes, que já foram vítimas da censura, taxados de amorais, imorais e péssimas influencias para a família cristã brasileira: “É proibido proibir”.

 

 

 

 

 

 

 

  

Compartilhar: