Entre a prática e a especulação

Entre a prática e a especulação

Olá caros leitores.

O presidente Jair Bolsonaro, anunciou no dia 26 de abril, que pretende cortar investimentos em áreas como Filosofia e Sociologia, segundo ele tal medida se justificaria pelo fato destas áreas não darem “retorno imediato ao contribuinte”, e que, portanto, o certo seria investir em áreas como engenharia e ciências aplicadas.

Realmente, Filosofia e Sociologia não têm caráter prático, imediatista, mas possuem uma importância vital para a sociedade, a de especular sobre a realidade, a de pensar sobre as ações humanas, não somos robôs, predeterminados, sem reflexão. Se assim fossemos, continuemos a aumentar a produção industrial desenfreadamente, sem nos preocuparmos com os impactos ambientais, continuemos a produzir materiais tóxicos e os enviarmos, clandestinamente, para a África.

Para prosperar a sociedade precisa tanto do engenheiro, que construirá as máquinas, os prédios, as estradas, as pontes, mas também precisa do filósofo que ajudará a moldar as pessoas, que discutirá sobre ética, cidadania, respeito ao meio ambiente e sustentabilidade.

Uma das maiores demandas educacionais do momento é, romper com este paradigma dicotômico entre as ciências, entre o caráter especulativo e prático da academia, tudo está intrinsicamente junto. Nossas decisões políticas afetam a vida de todas as pessoas como um todo, somos um só ser, vivendo em um único Planeta em simbiose.

A divisão do ensino em matérias, aparentemente isoladas, não condiz com a forma que pensamos e agimos, está na hora de ensinarmos nossas crianças de uma forma holística, totalizante, e só assim perceberemos que todas as ciências são interdependentes e necessárias aos seres humanos.

 

 

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