Ética e cidadania digital no currículo escolar

Ética e cidadania digital no currículo escolar

Olá meus caros amigos.

Quem me conhece, seja como pessoa ou como professor, sabe que sou um entusiasta da tecnologia digital, o acesso a Internet possibilitou que as informações, antes monopolizadas pelas elites, se disseminassem e alcançassem, pelo menos em teoria, todas as classes sociais. Sempre que faço essa afirmação sou questionado, pois as informações sempre estiveram ao alcance de todos, bastava consultar um livro, mas quem afirma isso se esquece de que os livros sempre foram caros, principalmente no Brasil, por isso somente os ricos e a classe média tinham acesso pleno ao conhecimento produzido pela humanidade.

Atualmente é possível fazer cursos totalmente em EAD, eu mesmo já fiz vários, qualquer pessoa com acesso a rede pode fazer um curso universitário, aprender outra língua e até mesmo trabalhar, alguns Youtubers estão fazendo fortunas.

Mas como tudo na vida, existe também o lado ruim. Nestas eleições estamos acompanhando a pior maneira de utilização da rede e de suas mídias sociais. Deveria ser inadmissível aceitar a propagação de notícias falsa (Fake News), principalmente quando quem as produz sabe que são falsas, como aceitar que pessoas e empresas ganhem dinheiro espalhando informações inverídicas e assim, confundindo e desinformando a população, isso deveria ser tratado como crime.

Como educador me revolta acompanhar, impotente, a alienação das pessoas, não consigo admitir isso, e antes que me acusem de ser partidário, todos os partidos e candidatos estão praticando esse absurdo, o Tribunal Superior Eleitoral deveria criminalizar, com a pena de cancelamento da candidatura, quem praticasse esse desserviço social.

O mais grave é que muitas pessoas sabem que as notícias que chegam a elas, e muitas vezes elas repassam, são falsas, mas não importa desde que essa notícia corrobore o meu ponto de vista, isso se chama pós-verdade, é a verdade que interessa a mim.

A meu ver, uma das possibilidades de acabar com essa mazela, se é que a sociedade e os governos a consideram como tal, uma vez que a utilizam para garantir seu status quo, é inserir no currículo escolar a discussão e o ensino de Ética e Cidadania Digital.

É urgente que as pessoas entendam que as regras de convívio social, construídas há séculos pela humanidade, também deveriam valer no mundo digital, a difamação, a calúnia, a mentira e a intriga não deveriam existir em nenhum lugar, a internet não é um espaço sem lei, sem regras, onde vale tudo, inclusive enganar o outro para que meu desejo prevaleça.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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