Lute como uma menina

Lute como uma menina

Olá caros leitores.

Como todos nós sabemos, pelo menos é o que espero, no dia 08 de março é comemorado o dia internacional da mulher. Para quem não sabe a ideia de marcar a posição feminina em âmbito mundial foi proposta pela líder socialista alemã Clara Zetkin, em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, ocorrida em Copenhague, capital da Dinamarca. O objetivo era lutar por melhores condições de vida, de trabalho e, em especial, pelo direito ao voto para toda as mulheres, já era consenso que para ocorrer qualquer tipo de mudança significativa era necessária a participação política, por isso a luta pelo voto.

Ao longo do século XX o dia internacional das mulheres foi comemorado, ou na maioria das vezes brigado (uma vez que inúmeras mulheres que se manifestavam foram presas e agredidas), em diferentes dias.

Em 1917, na Rússia ainda comandada pelo czar Nicolau II, às comemorações ao dia das mulheres foi violentamente reprimida, e centenas de mulheres perderam suas vidas, pouco se fala, mas este episódio foi um dos estopins para a Revolução Russa.

Foi somente em 1975 que a ONU determinou como 8 de março o dia oficial para às comemorações do dia internacional das mulheres.

E 44 anos depois no Brasil: 16 milhões de mulheres sofreram algum tipo de agressão em 2018, enquanto você almoçar hoje saiba que 536 mulheres serão fisicamente agredidas, 26.000% foi o quanto cresceu nos dois últimos anos o número de assédios virtuais contra mulheres, em 2016 ocorreu um estupro coletivo a cada duas horas e meia e a cada capítulo da sua novela preferida (eu também tenho as minhas) 45 mulheres são estupradas.

Portanto, cada vez que você mulher não exige seus direitos, não luta por igualdade, cada vez aceita alguma situação ou até mesmo uma piada constrangedora, você não está sendo somente desrespeitada, você está desrespeitando a história de milhares de mulheres que lutaram para que hoje você tenha condições de pelo menos lutar, de pelo menos gritar, de pelo menos ter leis que a protejam. Você está desrespeitando às 16 milhões de mulheres agredidas o ano passado. Não esperem, lutem, exijam, e se não derem tomem.

E para finalizar, enquanto você lia este artigo três mulheres foram agredidas no Brasil.

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