O eterno embate entre as gerações

O eterno embate entre as gerações

Caros amigos leitores.
Quem está na sala de aula convivendo com os alunos diariamente, as vezes para, respira, os observa e é nítido que eles são muito diferentes de nós.
Como professor de história evito fazer comparações entre diferente gerações, quem faz isso sempre tende a realizar analises epidérmicas e mal formuladas. É natural ouvirmos que antigamente era melhor, essa atitude faz parte de um saudosismo natural, de relembrar uma época em que eramos jovens, tínhamos mais energia  e mais disposição, se fosse possível voltar no tempo, voltaríamos correndo.
Sempre escuto de alguns colegas: "nós eramos mais quietos, comportados e respeitosos". Será mesmo? Faça uma analise critica, sem paixões e perceberá que não era bem assim.
Acredito que talvez fossemos mais conformados, possivelmente por não termos acesso a tantas informações, e assim aceitávamos mais a autoridade imposta, por acreditar em praticamente tudo que ela dizia. Atualmente nossos alunos tem acesso a informações como nenhuma outra geração teve na história e então é natural que sejam mais contestadores, acredito que este seja o adjetivo correto.
Não adianta gastarmos nosso tempo, quase sempre na sala do professores, reclamando dos alunos e relembrando de como era bom dar aula a dez, vinte, trinta anos atrás, isso só aumenta nossa sensação de impotência e de frustração. Acredito que o melhor é tentar entender as aspirações e sonhos de nossos alunos, nos preparamos melhor. Será que aquela aula que dávamos a quinze anos atrás ainda é atrativa? Trabalharemos com os alunos que temos ou os que gostaríamos de ter?
E para quem acredita que o passado é melhor, finalizo esse artigo com uma frase do filósofo Sócrates, que viveu na Grécia ente os anos de 469 a 399 a.C, vejam o que ele dizia sobre os jovens:
"Os jovens de hoje gostam do luxo.
São mal comportados,
desprezam a autoridade.
Não têm respeito pelos mais velhos
e passam o tempo a falar em vez de trabalhar.
Não se levantam quando um adulto chega.
Contradizem os pais.
apresentam-se em sociedade com enfeitos estranhos.
Apressam-se a ir para a mesa e comem com acepipes,
cruzam as pernas
e tiranizam os seus mestres."

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