O futuro do mercado de trabalho

O futuro do mercado de trabalho

Atribui-se ao filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso a seguinte frase: “A única coisa que não muda é que tudo muda”. Nunca essa frase foi tão atual como nos dias tecnológicos de hoje.

Segundo pesquisa realizada em 2016 pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) cerca de 65% das crianças de hoje seguirão carreiras que ainda nem sequer existem, o mercado de trabalho do futuro será dominado por carreiras independentes, sazonais, altamente tecnológicas e colaborativas, mas ao mesmo tempo exigirão muita dedicação e extrema qualificação.

A Global English, empresa especializada em fornecer soluções corporativas para o ensino de inglês, fez uma pesquisa com 108 mil empregados de multinacionais em 76 países. Os 13 mil brasileiros que responderam ao teste tiraram nota 2,95 (em um total de 10), deixando o país em 67º lugar. Além disso, apenas 5% da população brasileira tem fluência em inglês, de acordo com levantamento feito pelo British Council.

A Fletcher School da Tufts University  e a MasterCard realizaram uma pesquisa em 2015 para medirem a capacidade dos países em receber investimentos em e-commerce. O levantamento avalia o e-readiness dos países, que é um meio de retratar a situação da infraestrutura de tecnologias de informação e comunicação locais, com base em quatro critérios: demanda, fornecimento, instituições e inovação, e o Brasil ficou em 34° lugar.

Em 2105 o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) revelou que entre os 70 países avaliados o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática. Todos nós já ouvimos que o Brasil é o país do futuro, mas com esses vergonhosos índices, não me parece que haja algum futuro promissor.

E o que nós adultos, principalmente os educadores, o que estamos fazendo para mudar essa realidade?

Não sei o que ainda estamos esperando para iniciarmos uma revolução educacional no Brasil, para verdadeiramente prepararmos nossos alunos para enfrentar as dificuldades do futuro.

De acordo com o educador português José Pacheco “a escola atual está fadada ao fracasso”, nossas crianças precisam aprender a aprender, precisam produzir conhecimento, e não somente passivamente receberem conteúdo, precisam falar inglês, precisam dominar ferramentas tecnológicas e terem fluência matemática. Não adianta esperar o governo, culpar escola, precisamos ter uma postura ativa e dentro de nossas casas e das escolas começar a mudar esta realidade.

Termino essa matéria com uma frase de Albert Einstein “insanidade é fazer sempre a mesma coisa várias e várias vezes esperando obter um resultado diferente”.

Para saber mais:

https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2017/06/1893480-mais-da-metade-das-criancas-vao-seguir-carreiras-ainda-inexistentes-diz-estudo.shtml

https://www.oecd.org/

https://oglobo.globo.com/economia/emprego/brasileiros-nao-sabem-falar-ingles-apenas-5-dominam-idioma-6239142

https://newsroom.mastercard.com/latin-america/pt-br/press-releases/indice-de-evolucao-digital-cingapura-lidera-e-brasil-ocupa-34-lugar/

https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtml

 

 

 

 

 

 

 

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