A tênue e invisível linha que nos separa da barbárie

A tênue e invisível linha que nos separa da barbárie

Olá meus caros amigos leitores.

Sim, todas as pessoas oprimidas tem o sagrado direito de lutarem pela liberdade, e por pior que possa parecer, as greves são um ferramenta justa contra a opressão.

As primeiras greves registradas na história ocorreram na Antiga Roma, quando os plebeus, para adquirirem mais direitos, cruzavam os braços e às vezes até abandonavam a “cidade eterna”, pois naquele tempo, como ainda hoje, o trabalho braçal era visto pela elite patrícia, como algo indigno e deplorável, e assim de greve em greve os plebeus foram melhorando sua pobre condição de vida.

Atualmente no Brasil, os capixabas estão convivendo com uma greve dos policiais militares, que há anos não tem reajustes salariais, acho justo, é fácil criticá-los, mas quantos de nós trabalharíamos durantes anos sem reajuste?

Mas em meio ao caos que tomou conta do lindo estado do Espirito Santo, o que me salta aos olhos e a tênue e invisível linha que nos separa da barbárie. Parte da população está aproveitando a falta de policiamento para saquear, matar e estuprar, em bandos agem como as hordas de bárbaros que esfacelaram o Império Romano e me faz pensar se realmente somos estamos totalmente humanizados.

Realmente fico triste em comprovar mais uma vez, que ainda não atingimos um nível de humanidade que nos permita viver sem o espectro vigilante do Estado, que ainda nos valemos de momentos de fragilidade institucional para expor nossos extintos mais primitivos, e esse pensamento vale para o deputado federal que vendo uma brecha no sistema desvia recursos para sua própria conta.

Muitos comerciantes em momentos de crise aproveitam para lucrar mais, por exemplo, depois do desastre em Mariana, com a contaminação de muitos rios que abastecem as cidades da região, alguns comerciantes aumentaram o valor da água comercializada em galões, como o produto estava em falta e é um item de primeira necessidade, era a hora de “ganhar uns trocados a mais”, simplesmente vergonhoso, mais humanidade, por favor.

Sempre discordei da teoria que defende a ideia de que o ser humano já nasce com tendência ao mal, que em momentos de crise a face mais cruel da humanidade é revelada e que, portanto precisamos de um Estado forte e controlador, mas é impossível não se lembrar da celebre frase do filósofo inglês Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do homem”.

 

 

 

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