Daniel Filho recebe Roberto D’Avila em sua casa

Daniel Filho recebe Roberto D’Avila em sua casa

Diretor de cinema e de televisão, produtor e ator. O currículo de Daniel Filho é extenso e inclui muitos sucessos, como as novelas ‘Dancin`Days’, ‘Irmãos Coragem’, ‘Roque Santeiro’ e os mais recentes ‘Se Eu Fosse Você 1 e 2’ e ‘Chico Xavier’, no cinema. E foi sobretudo sobre a sétima arte e televisão a entrevista que ele deu a Roberto D’Avila para o seu programa da GloboNews, que vai ao ar na noite de sábado, dia 16, às 0h05.

Filho de pais artistas, Daniel começou a trabalhar como ator de circo, ainda muito jovem, aos 15 anos. Frequentou a escola até o segundo ano ginasial e posteriormente estudou assuntos específicos, como história e literatura, quando sentiu necessidade por conta do trabalho. “Vivi intensamente o show business, fui aprendendo com a necessidade. Sou formado no meu ambiente”, define.

Isso porque Daniel dirigiu novelas quando a estrutura da televisão brasileira era mais precária, bem diferente do cenário atual. Ele usava, por exemplo, o terraço da Globo no Jardim Botânico como locação externa, com todos os vizinhos dos prédios ao lado assistindo, e lembra de uma cena de ‘Sangue e Areia’ (1968), com Tarcísio Meira vestido de toureiro, que foi gravada nesse espaço e teve um grande público de ‘arquibancada’. Dirigiu o primeiro programa colorido da TV brasileira, ‘O Primeiro Baile’, escrito por Janete Claire. E sua infância tem o rádio e o cinema muito presentes, quando a televisão ainda não poderia ser sequer imaginada. A primeira vez que ele viu uma imagem na televisão já tinha 14 anos. E lembra que nem era propriamente uma imagem, mas uma sombra. Sua impressão era de ser “um rádio que tem imagem e se mexe”.

Depois da entrevista, Daniel Filho, cinéfilo confesso, convidou Roberto D’Avila para conhecer a sala de cinema da sua casa, onde fica a sua enorme coleção de filmes, com cerca de cinco mil títulos catalogados. É nesse canto da casa onde ele assiste a pelo menos um longa metragem por dia. Ou por noite. Ele trabalha durante o dia e começa a assistir as obras às 23h, para desligar a cabeça ou para tentar se ligar em outra coisa. Gosta de ver e rever clássicos para aprender ou por saudade. Não do filme, mas da época em que viu o filme. Para ele, "Amarcord", de Fellini, e "Cantando na Chuva" são remédios contra a depressão. “Se depois de meia hora assistindo a esses filmes, você não estiver com um sorriso imbecil no rosto, pode desligar que você morreu. Esses filmes me acalmam”, define o diretor que garante já ter visto “Cantando na Chuva” mais de 50 vezes.

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