Thiago Lacerda participa do "Grandes Atores" deste sábado

Thiago Lacerda participa do "Grandes Atores" deste sábado

Mocinhos, vilões e papéis emocionantes compõem a carreira de Thiago Lacerda, convidado do "Grandes Atores" deste sábado, dia 13 de junho, às 18h30, no VIVA. Sobre o rótulo de galã, ele garante que não o preocupa. "Nunca foi uma coisa contra a qual me dispusesse a lutar. Não preciso desmitificar esse rótulo. As pessoas associam também muito ao fato da beleza, não sei até que ponto o rótulo significa isso, ou se isso faz parte dele. Não pretendo ficar feio para deixar de ser galã. Também não penso em ser mais bonito para ser mais galã. Não afeta o meu comportamento diante do meu trabalho", resume.

Entre as interpretações mais marcantes de seu currículo profissional, a de Matteo em "Terra Nostra" (1999), seu primeiro protagonista. "Lembro que estava gravando 'Pecado Capital' (1998) quando chegou um boato de que a Globo ia fazer a novela do século", recorda. Thiago tomou a iniciativa e procurou pela produção do novo folhetim para se candidatar ao elenco. Ao fazer o teste, teve a certeza de que estava dentro do projeto: "A reação do Jayme Monjardim foi de 'achei alguém!'. Ele estava procurando há algum tempo.". Quando o diretor questionou se o ator falava italiano, Thiago não titubeou: "Não, mas aprendo que é uma maravilha!", conta, rindo.

De volta ao início da carreira, o entrevistado fala que começou por acaso, quando decidiu se inscrever num curso de interpretação para vencer a timidez. "A arte surge de uma forma bastante inexplicável, inesperada. Fiz teatro porque queria ser gerente de banco e sempre fui tímido. Em nenhum momento passou pela minha cabeça a possibilidade, mínima que fosse, de virar ator", revela. Uma reviravolta estava prestes a mudar sua vida. Em 1997, quando Thiago arrumou emprego em uma empresa de cartão de crédito, também foi chamado para integrar o elenco de "Malhação". "Acabei optando por fazer televisão. Não sei o motivo, mas, claro, era mais atrativo. Foi uma escolha, uma intuição juvenil. Em cena, descobri o amor que tenho pelo que faço. Quando gritaram corta, tive a sensação exata do que eu queria fazer na minha vida", explica.

A experiência em "Hilda Furacão" (1998) também é destaque no depoimento ao VIVA. Entre as lembranças da época, Thiago comenta sobre o convívio com o veterano Mario Lago, que fazia parte do elenco. "Pegava carona na van para voltar conversando com ele. Tive a chance de trabalhar com figuras inesquecíveis que me ensinaram muito sem saber. Como não tive escola, um processo acadêmico, descobri que meu único caminho, minha salvação, era observar esses caras. Chegava horas antes do meu horário no estúdio", conta, emocionado.

Outro marco determinante na trajetória de Thiago é Giuseppe Garibaldi, a quem deu vida em "A Casa das Sete Mulheres" (2003). Diante das câmeras, reproduz a surpresa de quando recebeu o convite de Jayme para a minissérie. "Você está brincando. Te contei alguma coisa? Esse cara é o meu hobbie, estudo a vida do Garibaldi há quatro anos!".

Reservado quando o assunto é vida pessoal, Thiago observa que resquícios da timidez sempre o acompanharam, além de pontuar que considera primordial separar família e trabalho. "Nunca permiti que eles entrassem completamente na intimidade da minha carreira. Trago eles, mas tem um limite que eu não permito. Nem que eu queira, acho que nunca aprendi a deixar. Sempre participaram, mas nunca trouxe para dentro das grandes questões e decisões. O destino da minha carreira pertence a mim. Sempre direcionei as minhas coisas de um modo quase que solitário. E acho que blindei um pouquinho minha profissão em relação à família".

Se Thiago está conformado com os papéis que desempenhou até agora? "Sempre acho que preciso descobrir novas coisas e maneiras de fazer, novos caminhos. Essa insegurança da profissão não me pega. Acho que essa minha inquietação me defende da acomodação. Ao mesmo tempo tem essa coisa do tempo, né? Ele passa e os personagens vão mudando. Então, se me perguntarem o que espero, acho que vou envelhecer e meus personagens vão envelhecer junto comigo. E é assim que quero estar", encerra.

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