Valores e laços familiares conduzem Éramos Seis, a próxima trama das seis da Globo

Valores e laços familiares conduzem Éramos Seis, a próxima trama das seis da Globo

Quanto custa o sonho da casa própria? Para além dos juros altíssimos do financiamento bancário de seu primeiro bem imobiliário, o casarão do casal Lola (Gloria Pires) e Júlio Lemos (Antonio Calloni) na Avenida Angélica, em São Paulo, lhes custa muito mais do que podem calcular. Júlio e Lola têm uma vida financeira limitada e, apesar do grande amor que sentem um pelo outro, entram em conflito por sonharem juntos sonhos diferentes. Enquanto, para ela, a casa é a alma da família, ficar rico é a principal ambição do marido.

A próxima novela das seis, ‘Éramos Seis’, escrita por Angela Chaves com direção artística de Carlos Araújo, é dividida em três fases (década de 1920, 1930 e, por fim, 1940) e apresenta a história de uma grande família cuja matriarca luta para que se mantenha unida frente às dificuldades sociais e econômicas do início do século XX. 

As gravações começaram em meados de julho, em São Paulo, cidade onde se passa a maior parte da história, e seguiram para Santos e Campinas, onde foram gravadas cenas na praia e em uma estação de trem, respectivamente. “Essas externas onde são recriados ambientes do passado são importantes para que equipe e elenco entrem em sintonia com a trama. Em cada um dos lugares por onde passamos havia elementos que remetiam àquele contexto, como uma casa construída em 1922 e um trem Maria Fumaça”, comenta o diretor.

Lola e Júlio têm quatro filhos: Carlos (Xande Valois/ Danilo Mesquita), o mais velho e mais responsável, muito educado, prestativo e bom aluno, ele é motivo de orgulho para os pais; Alfredo (Pedro Sol/ Nicolas Prattes), que é o oposto de Carlos, vai mal na escola, é o pivô de confusões em casa e com os vizinhos, e tem raiva da perfeição do irmão, com quem vive em pé de guerra; Isabel (Maju Lima/ Giullia Buscacio), determinada e independente, por ser a única mulher é o xodó do pai, que tende a fazer as suas vontades; e Julinho (Davi de Oliveira/ André Luiz Frambach), o mais novo, carinhoso com todos, principalmente com a mãe, e que desde criança demonstra habilidade para lidar com dinheiro.

Lola é responsável pela educação dos quatro e pela ordem da casa, onde conta com a ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa). Mas também na vizinhança ela tem amizades que a ajudam a superar pequenos percalços do dia a dia, como Afonso (Cássio Gabus Mendes), dono do armazém, com quem vira e mexe compra fiado. Ele é casado com Shirley (Barbara Reis), uma mulher amargurada por conta de acontecimentos de seu passado. Ela é mãe de Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), criada por Afonso como filha. Carlos é apaixonado pela garota, e se Lola e Afonso acham graça do primeiro romance de seu primogênito, Shirley se incomoda e faz o que pode para que não fiquem juntos.

Além de Afonso, Lola conta, ainda, com a parceria de Genu (Kelzy Ecard), sua vizinha. Sempre atenta a todos os acontecimentos do bairro e seus moradores, ela é esposa de Virgulino (Kiko Mascarenhas) e mantém o marido em rédea curta. Eles são pais de Lúcio (Arthur Gama/Jhona Burjack) e Lili (Bruna Negendank/ Triz Pariz), amigos dos filhos de Lola e Júlio desde a infância. Embora Genu goste mesmo é de uma fofoca, demonstra um carinho verdadeiro pela matriarca dos Lemos.

Enquanto Lola segura as pontas no dia a dia da Avenida Angélica, Júlio, como era comum na época, é o principal responsável pelo provento que mantém as contas pagas. Ele trabalha em uma loja de tecidos e passa o dia fora. Esforça-se bastante para receber mensalmente seu ordenado e tem a ambição de ser promovido por Assad (Werner Schünemann), proprietário da loja.

Ao longo de três décadas, acompanhamos a história dessa família, que vive momentos de superação nos quais os laços fortalecidos pelo afeto, amizade e esperança são imprescindíveis para que ela se mantenha unida. “A novela conta a trajetória de Lola para manter a união e a harmonia familiar, mesmo tendo muitas dificuldades o tempo todo. É sobre a força dessa mulher e de sua família, que vive com poucos recursos, mas cercada de afeto”, diz Angela Chaves, autora do remake. Carlos Araújo, diretor artístico, destaca o que o público deve esperar desta versão. “Além de uma dramaturgia mais contemporânea, temos personagens mais complexos, nos quais nos aprofundamos. Lola, embora ainda seja uma personagem de 1920, vem um pouco à frente de seu tempo, tem pensamentos mais atuais”.

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