1- Quais as consequências da queda da taxa básica de juros – SELIC – nos Empréstimos e nas Aplicações?

1- Quais as consequências da queda da taxa básica de juros – SELIC – nos Empréstimos e nas Aplicações?

Caras/os Leitoras/es,

Com a redução da TaxaSELIC” (taxa básica de juros da economia) – chegando a um dígito (9,25% ao ano), é importante serem traçados os cenários, tanto para as pessoas que precisamcontrairempréstimos, como realizar aplicações financeiras. Por questões óbvias, em função da grave crise econômica que passamos, vou apresentar primeiro a estratégia de empréstimos.

Vejam, propositalmente utilizo a expressãocontrairempréstimos /financiamentos, que já foi objeto de esclarecimentos em outros posts, pois o sentido negativo da palavra é para refletirmos antes de tomarmos a decisão de recorrer a este tipo de solução.

SEMPRE SERÁ MELHOR UTILIZAR RECURSOS PRÓPRIOS, mas há casos, principalmente, de financiamentos de longo prazo para aquisição de imóveis e veículos que se contratados com juros “normais”, podemos antecipar o consumo futuro recorrendo a financiamentos.

Lembrem-se, quando você compra um bem móvel ou imóvel por meio de empréstimos/financiamentos, o que está ocorrendo é uma “antecipação de consumo”. Se você poupasse a prestação do carro ou do imóvel, teria os recursos para pagamentoà vista” no futuro, mas nós seres humanos, geralmente, estimulados pela sociedade consumista, optamos por adquirir um carro ou imóvel no presente e quando não possuímos recursos próprios, recorremos a empréstimos/financiamentos.

Mas afinal, qual é a estratégia para “contrair” novos empréstimos/financiamentos em função da queda da Taxa “SELIC”?

Neste caso é a “estratégia oposta de quem tem dinheiro para aplicar.

Quer dizer que, se considerarmos o cenário de queda da Taxa “SELIC” para “contrair” um empréstimo/financiamento, temos que pensar ao contrário daquelas pessoas que tem dinheiro aplicado?

Isso mesmo, explicando melhor, quais são os objetivos de duas pessoas, a primeira tem recursos aplicados e a segunda precisa desses recursos para (emprestado/financiado) adquirir um bem móvel ou imóvel?

O objetivo das pessoas que tem recursos aplicados é receber o “MÁXIMO” de juros possíveis, levando-se em consideração o risco que quer correr (renda fixa ou variável).

o objetivo das pessoas que querem “contrair” empréstimos/financiamentos é pagar o “MÍNIMO” de juros possíveis, pois assim conseguem liquidar a dívida mais rapidamente, pesando menos no orçamento.

E quem fica no meio desses agentes “poupadores” e “tomadores de empréstimos/financiamentos”?

Os bancos, que cobram um percentual de lucro desses agentes (“poupadores” e “tomadores de empréstimos/financiamentos”), o famoso “spread” bancário. O tema “spread bancário” foi tratado nos post (https://www.revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/juros-em-queda-guerra-entre-governobancosbacen/ e https://www.revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/juros-em-queda-guerra-entre-governobancosbacen-2/)

Portanto, para as pessoas que estão por “contrairempréstimos/financiamentos, a estratégia mais viável são as taxaspós-fixadas”, pois à medida que são pagas as prestações, caso a Taxa “SELIC” continue sua trajetória de queda, elas também vão reduzindo proporcionalmente.

Na próxima semana, apresento novos temas desse assunto.

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