3 - Endividamento de Risco de Pessoas Físicas - Como sair dele? Final

3 - Endividamento de Risco de Pessoas Físicas - Como sair dele? Final

Caras/os Leitoras/es

Em continuidade aos posts de 11 e 18/07/2020, sobre a publicação da Série Cidadania Financeira, do Banco Central do Brasil (BACEN), que tratam de estudos sobre educação, proteção e inclusão, onde foram apresentadas a Nota6 com conceitos e estatísticas sobre o endividamento de risco no Brasil  de pessoas físicas, disponível em (https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira), seguem algumas dicas sobre como sair desse endividamento.

Quando as pessoas perdem o controle do seu endividamento, chegando ao superendividamento, ou seja, seus rendimentos não conseguem mais pagar suas despesas normais (água, energia, telefone, aluguel, alimentação, saúde etc.), além das prestações de eventuais empréstimos, se faz necessário tomar medidas radicais.

Neste caso, não há muitas alternativas e, geralmente, são duras de serem implementadas. Em uma cartilha do BACEN sobre o tema, ele cita 5 passos importantes:

1.    Elimine por completo o desperdício. Em situações de superendividamento, também é prudente cortar despesas não essenciais.

2.    Aproveite o 13º salário para quitar dívidas.

3.    Troque suas dívidas por outras mais vantajosas, ou seja, com juros menores. Em geral, as dívidas do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito têm juros mais elevados, e vale a pena recorrer a algum empréstimo de juros mais baixos para quitá-las.

4.    Adquira o hábito de comprar à vista. Se preciso, guarde o talão de cheques e o cartão de crédito em casa, para não os utilizar.

5.    Se tiver um carro, e ele não for instrumento de trabalho ou essencial para sua vida, não hesite em vendê-lo. Utilize o dinheiro para pagar suas dívidas. De quebra, você ainda estará reduzindo suas despesas mensais.”

Vejam, são medidas que necessitam de apoio familiar, todos os membros da família precisam estar cientes da situação para colaborarem, e com isso, as pessoas consigam sair o mais rápido possível das dificuldades financeiras.

Após a implementação dessas “medidas de choque”, as pessoas precisam se conscientizar, fazendo acompanhamento regular de suas despesas e ganhos; quando forem adquirir uma mercadoria ou serviço realizarem a cotação (não comprem por impulso); evitem comprar supérfluos mantendo o foco no que realmente é essencial; utilizem o cartão de crédito somente para centralizar pagamentos e coloquem em débito automático (evitando a “tentação” de pagar o mínimo da fatura).

Quando eliminamos um problema, geralmente esquecemos o quão foi duro o período para resolvê-lo, além da energia e esforço mental empregado na solução, que no caso de problemas financeiros, atinge todos os membros da família, motivo pelo qual devemos aprender com a situação vivenciada e ter uma relação financeira mais saudável, gastando o necessário, evitando comprar à prazo e adotando a prática de consumo consciente.

Na próxima semana, apresento novo assunto.

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