A crise e queda dos depósitos na caderneta de poupança

A crise e queda dos depósitos na caderneta de poupança

Caras/os Leitoras/es

O saldo líquido da caderneta de poupança, ou seja, a diferença entre os depósitos e os saques, vem apresentando resultados negativos ao longo dos último 18 meses, à exceção de dezembro de 2015 (neste mês podemos considerar a influência do 13º salário).

O quadro abaixo, reproduz a estatística do Banco Central do Brasil (BACEN) em relação ao acompanhamento mensal que esta Autarquia realiza, com recorte à partir de 2013 e até junho de 2016.

Vejam, nos últimos 24 meses anteriores (os 12 meses de 2013 e 2014), diametralmente oposto ao desempenho dos últimos 18 meses, só houve um único mês com saldo negativo, ou seja, abril de 2014.

Podemos relacionar dois fatores que poderiam explicar o fenômeno: 

- diminuição do rendimento mensal da caderneta de poupança, perdendo para a inflação em vários períodos; e,

- migração dos valores aplicados para outras modalidades de aplicação, em função da menor rentabilidade.

Porém, o motivo preponderante é a crise econômica, financeira, política e ética pela qual passamos. A caderneta de poupança é uma aplicação popular e justamente é esta a população que mais está sentindo os efeitos dessa crise.

Infelizmente, a crise gera um círculo vicioso, pois os saques maiores que os depósitos em caderneta de poupança, leva a queda de recursos para financiamentos imobiliários (os valores depositados na poupança são utilizados pelo governo para empréstimos da casa própria).

Na economia é assim, uma interdependência dos fatores, quando um indicador está em queda, pode desencadear outras quedas em outros indicadores, prescindindo medidas rápidas para não contaminar o País todo.

Na próxima semana, apresento novo assunto.

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